A atual crise na saúde pública da cidade de Jacobina foi objeto de
duas reuniões, esta semana, convocadas pelo Sindimed-BA. A primeira no
dia 7 e mais uma nesta quinta-feira, dia 10 de novembro. Os médicos
denunciaram situações graves que afetam a prestação do serviço de saúde
no município. Para alguns absurdos relatados, já foram dados
encaminhamentos específicos para os órgãos competentes. Outras questões
ainda seguem pendentes.
Além do Sindimed, da
reunião do dia 7 participaram o Cremeb, a Secretaria Municipal de Saúde
de Jacobina, Fundação José Silveira, Instituto Vida Forte e os médicos
que atuam na cidade. O representante do Cremeb solicitou a formalização
ao Conselho do que seja atribuição do mesmo.
A
reunião desta quinta (10), contou com a participação de médicos da atual
empresa gestora e da anterior, além da representação da faculdade local
de medicina, que está sendo afetada pela crise instalada no Hospital
Regional Vicentina Goulart.
Além das denúncias
anteriores, foi relatada a demissão arbitrária do médico que é
referência em cardiologia, coordenador e preceptor de Residência Médica,
fato que agravou a crise, impondo dificuldades e despesas adicionais
com o deslocamento dos residentes para outros municípios. A unidade
hospitalar também recebia estudantes e internos da Faculdade de Medicina
local para estágios.
Superação da crise
O
diretor médico e o coordenador da atual empresa gestora – Vida Forte -,
se comprometeram a empenhar esforços no sentido de resolver questões
estruturais, o retorno de alguns profissionais, incluindo os
preceptores. O diretor médico da Vida Forte, inclusive, declarou também
que está se sindicalizando de imediato, atitude bem recebida pelo
Sindimed-BA.
As empresas gestoras manifestaram
apoio para a superação da crise com o compromisso de tentar que o gestor
municipal quite débitos atrasados, desde agosto, com a Fundação José
Silveira (gestora anterior). Isso para viabilizar os pagamentos aos
médicos e demais serviços. A Secretaria Municipal de Saúde já havia
informado, em 07.11.22 que tomaria providências para quitação dos
pagamentos em atraso.
No entendimento do
Sindimed e de todos que participaram das reuniões, é preciso garantir
segurança, melhor estrutura funcional e comprometimento da equipe para o
resgate da qualidade dos serviços e evitar desassistência à população.
Sindicato atento
Também
entraram nas pautas das reuniões o pedido de rescisão coletiva dos
contratos dos médicos que atuam no Hospital Regional Vicentina Goulart,
outras demissões de médicos, atrasos nos pagamentos, mudanças frequentes
de empresas gestoras das unidades, que tem causado instabilidade nas
equipes e descontinuidade de alguns serviços prestados à população.
O
Sindimed está encaminhando ao Ministério Público (MP) uma atualização
sobre as situações relatadas, uma vez que o MP já havia sido acionado em
relação aos problemas que ocorrem em Jacobina, desde o dia 21.10 2022.
O
Sindicato entende que é fundamental que os problemas sejam resolvidos
com brevidade para evitar desassistência à população. Também é preciso
que sejam garantidas aos médicos as condições adequadas de trabalho,
para sua plena atuação profissional.
Fonte: Sindided Bahia
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