Quando ainda sonhava vencer Jair Bolsonaro nas urnas, Lula falava a aliados o que imaginava ser seu futuro governo, uma espécie de redenção para sua biografia política.
O petista, segundo aliados próximos, dizia ter o desejo de fazer um governo de frente ampla, com grandes nomes, um super time de intelectuais e notáveis que faria novamente o país reverenciar o torneiro mecânico que venceu o próprio destino para ser presidente da República.
“O meu governo não será um governo requentado”, dizia o petista.
Pelos nomes de petistas já anunciados e pelos que ainda virão, Lula já derrubou sua primeira promessa aos aliados. O futuro governo que assumirá em janeiro será requentado e, pior, contará com tempero especial da gestão de Dilma Rousseff. Ao instalar Aloizio Mercadante no BNDES, depois de já ter anunciado Fernando Haddad na Fazenda, Lula aplacou a ira do PT — que vinha pressionando por espaços de poder –, mas esnobou a ampla gama de economistas que acreditou na fantasia de um governo de frente ampla.
Não tinha outro nome nesse Brasil de milhões de brasileiros para ocupar um cargo tão importante? É o que os aliados de Lula se perguntam nesta tarde de terça-feira. E o governo de mais de 30 ministérios está só no início da formação.
A terça-feira foi marcada por anúncios importantes na área econômica, que indicam que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não tem a menor intenção de desprestigiar o PT na montagem da nova equipe.
Fonte:Veja
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