Para muita gente, a primeira parcela do 13º salário chegou e já está sendo gasta das mais variadas formas: pagamento de dívidas, compras de final de ano, material escolar, reforma da casa, pagamento de impostos, viagens etc. O fato é que esse dinheiro tão aguardado está movimentando a economia brasileira. Para o economista especialista em gestão financeira, Augusto César Santiago Teixeira, antes de pensar na utilização do 13º, é preciso avaliar como está a situação financeira familiar
“Para utilizar bem o 13º salário devemos saber o quanto vamos receber, e como estão as finanças. Em épocas de juros altos como a nossa, se tivermos dívidas atrasadas, o ideal é negociar para reduzir a dívida e até quitar, descomprometendo os futuros salários, mesmo que sacrifiquemos um pouco os presentas de Natal comprando lembrancinhas mais em conta e uma ceia mais moderada, deixando as viagens para o futuro”, pontua o docente do Centro Universitário Ages, instituição que integra a Ânima Educação.
Quando a situação é mais equilibrada, sem contas atrasadas, por exemplo, a orientação é utilizar o recurso sem criar dívidas futuras e, se possível, investir. Com essa estratégia em mente, o especialista dá dicas de uso do décimo terceiro:
- 50% para compras e despesas futuras (um produto para casa, presentes de natal, roupas, consumos em geral, IPTU, IPVA, fardamento e material escolar);
- 30% para investimento (CDB, LCI, LCA, Tesouro, Renda variável);
- 20% para viagem/férias;
“Esses valores não são fixos, podem ser ajustados de acordo com o décimo de cada um. O principal é utilizar com equilíbrio, reduzindo dívidas, não criando compromissos futuros e usufruindo de maneira criteriosa”, alerta Augusto César.
Para saber qual direcionamento dar para este incremento de salário, o economista explica que o recebimento do 13º salário pode ocorrer de duas maneiras: uma de 1º de fevereiro a 30 de novembro (dependerá da política da empresa) e a segunda parcela até dia 20 de dezembro. Na segunda opção, o pagamento deve ocorrer até 30 de novembro.
“É
muito importante saber que a primeira parcela não tem descontos, isto
é, o valor bruto do seu salário dividido por dois e a segunda parcela
será o valor bruto menos o que se pagou na primeira parcela, menos INSS e
Imposto de renda”, aponta o professor ao lembrar que tem direito ao 13º salário aposentados, pensionistas e quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 15 dias (estes, receberão proporcional).
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