O complexo do Nordeste de Amaralina teve a segurança reforçada pelo Comando de Policiamento Regional da Capital (CPRC) Atlântico da Polícia Militar, na madrugada desta quinta-feira, 29.
Isso aconteceu após os protestos realizados por vizinhos, amigos e parentes de Marcelo Daniel Ferreira Santos, de 19 anos, que teve a morte confirmada na madrugada desta quarta-feira, 28, após ter sido baleado em uma ação policial no dia 24, no bairro do Nordeste de Amaralina.
Conforme a PM, unidades territoriais e especializadas ampliaram a ostensividade nas entradas, saídas e finais de linha. Além disso, abordagens a carros, motocicletas, ônibus e pedestres são realizadas para evitar qualquer ação ilícita.
A corporação ainda informou para a população que qualquer movimentação suspeita pode ser informada através dos telefones 190 (Centro Integrado de Comunicações - Cicom) e 181 (Disque Denúncia). O sigilo é garantido.
Protesto
O protesto foi realizado no final da tarde desta quarta-feira, 28, na região de Amaralina. A ação iniciou-se na Rua Visconde de Itaborahy, passando pelas vias da Avenida Amaralina e na orla do bairro.
Os manifestantes queimaram objetos para interditar a via. Também levaram cartazes com pedidos de justiça pela morte de Marcelo Daniel. A Polícia Militar foi acionada e foi até a Avenida Visconde de Itaborahy e depois de negociações a via foi parcialmente liberada.
O ato causou congestionamento para quem deixava a Avenida Manoel Dias, sentido o bairro do Rio Vermelho e para quem saía do Rio Vermelho, sentido bairro da Pituba.
Caso
Segundo os relatos de moradores, Marcelo e Adeilton Santana, de 34 anos, estavam numa confraternização de Natal, na localidade conhecida como Capim, quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo. Os policiais militares da Operação Rondesp teriam chegado atirando. Outra versão foi contada pela Polícia Militar.
Em nota, a corporação informou que "durante a intensificação de policiamento na localidade de Serra Verde, no Nordeste de Amaralina, na noite de sábado, 24, guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/ Rondesp Atlântico localizaram indivíduos armados que, ao avistarem as equipes, efetuaram disparos de arma de fogo contra as guarnições".
Ainda conforme a PM houve revide e uma troca de tiros iniciou, mas os suspeitos fugiram. Minutos depois, em outra localidade, conhecida por Alto do Capim, populares informaram haver um indivíduo ferido por arma de fogo, sem indicação de autoria ou circunstância. Os militares prestaram socorro e encaminharam o ferido para o Hospital Geral do Estado (HGE). Em outro ponto, conhecido por Cracolândia, uma guarnição foi acionada para atendimento de um indivíduo ferido em via pública, também encaminhado pelos policiais para o HGE.
As ocorrências foram registradas no posto policial da unidade de saúde.
A Polícia Civil informou que as primeiras diligências investigativas foram realizadas na unidade de saúde, ainda no domingo, pelo Serviço de Investigação de Local de Crime, e o caso passará a ser apurado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Policiais militares que participaram da ação no local serão ouvidos.
A Tarde
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