A esposa do eletricista Roberto dos Santos Pinheiro, encontrado morto dentro da casa onde morava, no distrito do Bessa, em Conceição do Jacuípe, no último domingo (22/1), confessou o crime nesta quarta-feira (25). De acordo com a Polícia Civil, a suspeita, identificada como Marta Jesus da Silva Celestino, de 31 anos, afirmou que agiu em legítima defesa.
Segundo o delegado Marcos Veloso, titular da Delegacia Territorial de Conceição do Jacuípe, o casal convivia maritalmente há oito anos e possuía um relacionamento marcado por um histórico de violência doméstica e familiar. “Ele [Roberto] era uma pessoa extremamente violenta e muito ciumenta em relação a companheira, que até presente momento parece ser uma pessoa bastante tranquila, evangélica e que não dava motivo nenhum para ele pensar que ela estava o traindo”, explicou Veloso.
A mulher relatou, em depoimento, que na quarta-feira (18) passada, dias antes do homicídio, houve uma discussão entre o casal. Na ocasião, Roberto a agrediu utilizando um pedaço de madeira e desferiu um golpe na testa da esposa. Devido aos ferimentos, Marta precisou ficar internada durante 8 horas no Hospital ACM.
Segundo Marta, no domingo, dia em que foi morto, Roberto havia chegado em casa por volta das 19h, bastante alcoolizado. Na residência também estavam as filhas do casal, ambas de 7 anos de idade, o homem pediu para que as crianças entrassem para dentro de casa e as colocou dentro de um quarto. Logo após, Roberto desferiu um tapa no rosto da esposa, que estava na sala.
Ainda conforme explicado pelo delegado, a mulher relatou que o marido a agrediu antes de ser morto. “Ela [Marta] correu para o quarto e ele [Roberto] se armou com a posse de uma faca na mão. Ele continuou insistindo que iria matá-la na frente dos filhos e ainda iria colocar fogo na casa. A partir daí, ela pegou um cabo de vassoura para se defender, foi então neste momento que ele partiu para cima dela. Ela então largou o cabo de vassoura e tentou segurar a faca, houve por alguns segundos uma briga entre eles, a qual acabou ocasionando a fatalidade”, disse.
Testemunhas confirmaram a versão da suspeita referente as agressões constantes. O pai e o irmão da vítima atestaram que Roberto era uma pessoa agressiva com a companheira e sempre insistia na narrativa de que era traído por ela.
Como não havia flagrante, a mulher foi ouvida e liberada. A Polícia Civil irá colher outros depoimentos e aguarda a chegada do laudo pericial para a conclusão do inquérito policial.
Fonte: Fala Genefax.
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