O início de Renato Paiva no comando técnico do Bahia é positivo. O tricolor venceu as três partidas que fez e lidera o Campeonato Baiano. Mas, ao mesmo tempo em que prova o doce sabor dos triunfos, o treinador está conhecendo na prática o gosto amargo do calendário brasileiro.
Da estreia na temporada até a vitória contra o Atlético de Alagoinhas, na última quarta-feira, o Bahia disputou três jogos em um intervalo de oito dias. O tricolor ainda terá pela frente mais uma maratona de confrontos.
A partir de domingo, o time vai se dividir entre o Baianão e a Copa do Nordeste. A estreia no regional será contra o Sampaio Corrêa, às 19h, no estádio Castelão. Em 27 dias, o clube disputará nove duelos pelos dois torneios. Uma média de um jogo a cada três dias. Renato Paiva já admitiu que isso é inédito na carreira dele. “É uma situação nova para mim, nunca tive um calendário desses. Por isso, na pré-temporada, trabalhamos o máximo possível de conteúdos”, disse.
O Bahia também vai encarar agora a sua primeira sequência de partidas seguidas fora de casa. Logo depois de enfrentar o Sampaio Corrêa, o time pegará o Jacobinense, na quarta-feira, pelo Baianão. A partida será na Arena Cajueiro, em Feira de Santana.
O duelo com o Sampaio conta ainda com um agravante. Será a primeira viagem mais longa do tricolor. A distância entre Salvador e São Luís é de 1.324 km. Até aqui, o elenco foi apenas até Riachão do Jacuípe, cidade localizada a 191 km da capital baiana.
Para evitar o desgaste dos jogadores, o Bahia tem rodado o elenco. Apesar de não descaracterizar a base da equipe que iniciou o ano, Renato Paiva ainda não repetiu a escalação. Ele deixou claro que poucos atletas vão completar sequências de três jogos. Contra o Atlético, Matheus Bahia e Caio Vidal foram poupados.
A dupla certamente será relacionada para o confronto no Maranhão. Outros jogadores que ainda estão pegando ritmo de jogo podem ganhar mais minutos. É o caso do lateral esquerdo Chávez, que estreou contra o Atlético.
Questionado sobre qual time vai colocar em campo no
jogo fora de casa, Renato Paiva adotou o clima de mistério, mas admitiu
que a equipe sofrerá novas alterações.
“Não posso responder quem vai jogar por causa do Sampaio Corrêa. Essa rotação é priorizar a forma física, jogadores se desgastam. Temos que avaliar, e isso atrapalha o técnico adversário. Já tinha dito que ia jogar com um time mais secundário [contra o Atlético] para aguardar a Copa do Nordeste”, explicou.
“Jogo difícil para o Bahia, Sampaio Corrêa, vamos lá tentar, com todo respeito, mas zero medo. Ir lá, tentar impor nosso jogo, ganhar. Se for melhor do que nós, parabéns, mas vamos buscar a quarta vitória e estrear bem na Copa do Nordeste”, completou.
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