Rui Costa pode ser de gerente ao primeiro-ministro de Lula


Rui Costa, 59 anos, governador da Bahia desde 2015, tomou posse neste domingo, 1º, como ministro-chefe da Casa Civil com a missão de coordenar os outros 36 ministros do terceiro governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para analistas em Brasília, ele poderá ser tanto o gerente do ministério, a exemplo do papel de Dilma Rousseff no segundo governo do petista, e até mesmo uma espécie de primeiro-ministro.

Prova do cacife político da Bahia para o PT, gestor pragmático e capaz de coordenar grande e diversificado gabinete ministerial e potencial candidato a presidente em 2026. São distintas as razões elencadas para que Lula tenha escolhido Costa para ser a Casa Civil no seu terceiro mandato. A história da comprova que o cargo tem papel estratégico para o jogo político, sendo desde 1938 o órgão mais diretamente ligado ao chefe do Executivo. 

Não é por acaso que uma das primeiras perguntas que surgem no mundo político quando novo presidente da República está diante da perspectiva de ser empossado é quem ocupará o posto de ministro da Casa Civil. Instalada no próprio Palácio do Planalto, a pasta tem funções essenciais para o funcionamento do governo federal, o ajudando a gerenciar e a integrar todas suas funções.

Segundo a lei mais recente que a rege, a Lei 13.844/2019, a Casa Civil tem a função de supervisionar as ações de outros ministérios e verificar a legalidade das medidas adotadas. Para esta última tarefa, Lula indicou o jurista baiano Wellington César Lima e Silva, que irá comandar a subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) da pasta.

Há pelo menos duas semanas, Rui Costa já vinha falando pelo governo. Em 17 de dezembro, o então indicado a ministro anunciou o desenho final da Esplanada com 37 ministérios. Após reunião com Lula, ele disse, ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e do futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, detalhes sobre o desmembramento de pastas, com o compromisso de não criar cargos, arranjo que foi confirmado depois.

Ele também já estava cuidando de questões como a ocupação da residência oficial da Granja do Torto. A casa de campo da Presidência foi desocupada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e está sendo feito reparos. Outra prova de prestígio de Rui foi a decisão de Lula de confiar a ele o papel de supervisionar o Bolsa Família e outros programas de assistência. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), antes no Ministério da Economia, também será abrigado na Casa Civil.

Equipe do Portal A TARDE, direto de Brasília

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