O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ver o desfecho de parte de seus processos ainda neste semestre. Os magistrados pretendem concluir as ações antes da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski e a chegada de Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, membros da Justiça eleitoral pretendem acelerar os julgamentos contra o ex-chefe do Executivo e buscam analisar, até o meio do ano, os inquéritos que podem torná-lo inelegível. Além dessas ações, a Advocacia-Geral da União (AGU) deve abrir novas investigações sobre os gastos feitos no cartão corporativo do ex-presidente e verificar se houve utilização indevida da máquina pública.
Ministros de tribunais superiores e advogados avaliam que as apurações já realizadas indicam que há indícios de peculato, desvio de dinheiro público para proveito pessoal, em alguns gastos de Bolsonaro. Eles afirmam que é preciso averiguar se o uso do cartão para abastecimento e compras excessivas em períodos próximos a motociatas pode configurar utilização ilícita de dinheiro público em ação de pré-campanha.
Em outra frente de investigações, a Controladoria-Geral da União (CGU) está verificando o montante real gasto no cartão da presidência. Para o organismo, o valor seria mais elevado do que o tornado público no início deste mês.
A Tarde
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