Barcelona é investigado por supostos pagamentos a empresa de vice-presidente de arbitragem

Logo do Barcelona no lado de fora do estádio Camp Nou, em Barcelona, Espanha

A Procuradoria de Barcelona está investigando o FC Barcelona por alegações de o clube fez pagamentos de US$ 1,5 milhão em três anos a uma empresa de propriedade de um então dirigente do comitê de arbitragem da Espanha (CTA).

A rádio espanhola Cadena SER informou, na quarta-feira (15), que o clube fez uma série de pagamentos a uma empresa de José Maria Enriquez Negreira, entre 2016 e 2018. Na época, Enriquez Negreira ocupava o cargo de vice-presidente da CTA.

O último pagamento do FC Barcelona foi em junho de 2018, coincidindo com a saída de Enriquez Negreira do CTA, segundo a Cadena SER. A essa altura, o ex-presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, disse à Cadena SER que interrompeu os pagamentos para reduzir custos no clube.

Bartomeu acrescentou que os pagamentos à empresa estão em curso desde 2003, ano em que chegou ao clube. Enriquez Negreira explicou à Cadena SER que nunca favoreceu o Barcelona em nenhuma decisão ou nomeação de arbitragem.

Quando a Cadena SER perguntou sobre a investigação dos pagamentos, Enríquez Negreira reconheceu trabalhar exclusivamente para o Barcelona. A CNN procurou Negreira para comentar, mas não recebeu resposta.

O Barcelona disse estar ciente das investigações sobre os pagamentos em um comunicado publicado em seu site.

O clube diz que, no passado, contratou um “consultor externo” para fornecer aos funcionários reportagens em vídeo sobre jogadores jovens de toda a Espanha, além de “relatórios técnicos” sobre “arbitragem profissional”, que disse ser “prática comum” no futebol.

O Barcelona disse que esses serviços terceirizados agora são executados por alguém que trabalha para o departamento de futebol, e ameaçou processar qualquer pessoa que tente “manchar a imagem do clube com possíveis insinuações”.

“Não é por acaso que essa informação surgiram agora, esse tipo de informação, quando as coisas estão indo bem [no campo]”, disse o atual presidente do clube, Joan Laporta, à Barça TV.

Javier Tebas, presidente da principal divisão de futebol da Espanha, a La Liga, disse que multas e/ou outras sanções não seriam impostas, porque cinco anos se passaram desde que o Barcelona fez seu pagamento final à empresa, em 2018. Ele explicou que as sanções devem ser impostas dentro de três anos de possíveis irregularidades sob a lei espanhola.

Tebas disse também que a La Liga vai esperar o resultado da investigação do Ministério Público.

A promotoria de Barcelona confirmou à CNN que uma investigação estava em andamento, mas disse que o processo estava sob sigilo.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, a CTA disse que Enríquez Negreira “não faz parte de nenhuma estrutura da federação desde a mudança de liderança realizada após as eleições de 2018”.

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) diz que concordou em comparecer em possíveis processos judiciais futuros.

CNN

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