Mais de 16 mil cordeiros foram acolhidos durante a ação do Centro de Referência em Saúde do Trabalho (Cerest), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, até o último de Carnaval (19/2), quarto dia da folia. As equipes inspecionaram as condições de trabalho dos profissionais que têm importante função na condução das cordas dos blocos.
Ao todo, 35 blocos foram fiscalizados: 26 estavam em conformidade, 6 apresentaram fornecimento irregular de alimentos aos cordeiros, 2 estavam com ausência de equipamentos de proteção (sapato fechado, luvas, protetor solar e protetor auricular) e 7 foram notificados. Para evitar novos transtornos e correção das irregularidades, o Cerest prestou orientações aos donos de blocos e profissionais informais atuantes na festa. Além desses fatores, oito crianças foram encaminhadas para centros de convivência da Prefeitura após detecção de situação de trabalho infantil com ambulantes.
Além do trabalho in loco, o órgão realizou investigação epidemiológica em mais de 100 casos de trabalhadores atendidos nos módulos assistenciais dos circuitos. Desse total, 53 foram confirmados como acidente de trabalho em circunstâncias como quedas, desidratação e ferimentos como corte.
A coordenadora do Cerest, Tiza Mendes pede a colaboração através de denúncias sobre más condições de trabalho para que o Cerest possa atuar e coibir ao máximo práticas irregulares. “Nossas equipes estão de prontidão para acolher e escutar as demandas dos cordeiros e cobrar para que oferecem condições dignas para execução do trabalho desses profissionais que são parte da força fundamental da festa”, destacou a gestora.
Aratu
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