Justiça decide que velejadores acusados de tráfico de drogas na África não participaram de crime e arquiva processo

Justiça arquivou processo contra velejadores brasileiros após entender que eles são inocentes — Foto: Alex Coelho

Justiça arquivou processo contra velejadores brasileiros após entender que eles são inocentes — Foto: Alex Coelho

Os dois e Daniel Guerra se conheceram após encontrarem um anúncio procurava velejadores para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Tratava-se de uma oferta de trabalho de uma empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra.

A partir da esquerda: Rodrigo Dantas, Daniel Guerra e Daniel Dantas — Foto: Reprodução/TV Bahia

A partir da esquerda: Rodrigo Dantas, Daniel Guerra e Daniel Dantas — Foto: Reprodução/TV Bahia

Como eram velejadores iniciantes, viram neste anúncio a oportunidade de atravessar o oceano Atlântico em direção à Europa, na Ilha de Açores, em Portugal, para acumular milhas náuticas velejadas e alcançarem a graduação.

Acompanhe a cronologia:

Velejadores brasileiros suspeitos de levar 1t de cocaína em barco para Cabo Verde são soltos e vão responder em liberdade — Foto: Alex Coelho

Velejadores brasileiros suspeitos de levar 1t de cocaína em barco para Cabo Verde são soltos e vão responder em liberdade — Foto: Alex Coelho

  • JUNHO DE 2017: Rodrigo e Daniel Dantas e Daniel Guerra viram o anúncio na internet e buscaram os responsáveis para fazer parte da tripulação que viajaria no veleiro;
  • AGOSTO DE 2017: O veleiro onde os três viajaram passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal, e liberado sem irregularidades. Ainda no mesmo mês, o barco voltou a ser inspecionado quando passou pela Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, na África. Lá, mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação. Os três jovens então foram presos;
  • DEZEMBRO DE 2017: Velejadores são colocados em liberdade condicional e presos novamente sem qualquer explicação da Justiça de Cabo Verde;
  • MARÇO DE 2018: Velejadores são condenados a 10 anos de prisão;
  • JUNHO DE 2018: Primeiro dono do barco, o inglês Robert James Delbos, é preso na Espanha;
  • AGOSTO DE 2018: Segundo dono do barco, o também inglês George "Fox", também é preso na Europa, mas na Itália;
  • SETEMBRO DE 2018: George Fox é solto pela Justiça Italiana;
  • FEVEREIRO DE 2019: Julgamento em Cabo Verde é anulado, velejadores são soltos e retornam ao Brasil;
  • AGOSTO DE 2022: Processo é encaminhado ao Brasil para que velejadores sejam julgados pela corte brasileira;
  • JANEIRO DE 2023: Julgamento é arquivado após Justiça entender inocência dos velejadores.

    G1 Bahia

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