Já chega a 44 o número de pessoas mortas por causa do temporal que castiga o litoral de São Paulo desde o final de semana. As buscas por sobreviventes foram retomadas na manhã desta terça-feira, 21 e ocorrem, principalmente, na costa sul de São Sebastião, local onde foram encontradas a maior parte das vítimas.
Entre elas, estão uma menina de 7 anos que teve a casa destruída por uma pedra de duas toneladas, em Ubatuba, e uma mulher de 35 anos, de São Sebastião, que morreu após a casa ser atingida por uma árvore. Apenas nesta cidade, 50 imóveis desabaram.
Helicópteros da PM enfrentaram dificuldades para resgatar vítimas por causa ao tempo fechado, mas o o Exército mandou aeronaves para ajudar nos trabalhos. Outra dificuldade enfrentada é para desobstruir a rodovia Rio-Santos e retomar o acesso por terra. Na altura de Praia Preta a pista está totalmente interditada. Segundo o governo paulista, outros nove pontos têm bloqueios parciais. A Mogi-Bertioga também segue fechada. Por enquanto, a principal rota entre o litoral norte e a capital é a Rodovia dos Tamoios.
De acordo com o governo, há atualmente 1.730 pessoas desalojadas e 766 desabrigadas por causa das fortes chuvas. Além disso, sete corpos já foram liberados para enterro.
Ação política
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já decretou estado de calamidade em Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. O risco de novas ocorrências continua preocupa as autoridades. No bairro de Juquehy foi registrado um novo deslizamento de terra.
Em visita nesta segunda-feira, 20, ao município paulista de São Sebastião, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), garantiu a reconstrução de casas atingidas pelos temporais, desde que em áreas consideradas seguras e aptas para moradias.
A Tarde
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