A Associação Nacional dos Procuradores da República rebateu, nesta quinta-feira (2), a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o critério de lista tríplice para escolha do Procurador-Geral da República.
“Continuamos insistindo que a lista tríplice permite transparência na escolha, somada a uma legitimidade decorrente do processo em si. A ANPR fará a lista, levará ao Presidente e procurará para dialogar”, afirma a nota.
Em entrevista à rádio BandNews, o presidente Lula afirmou que “não pensa mais em lista tríplice”.
“O critério eu vou pensar muito com a minha consciência a partir da experiência que eu tive. (…) O critério vai ser um pessoal, de muita meditação, vou conversar com muita gente e eu espero escolher, com a graça de Deus, um cidadão que seja descente, digno de muito caráter e que esse cidadão seja respeitado pelos bons serviços prestados ao País. Eu não penso mais em lista tríplice. Esse não é mais o critério que eu pensava; porque, quando eu vim para presidência, eu trouxe a experiência do sindicato, então tudo para mim era lista tríplice. Já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve o problema. Então, eu vou ser mais criterioso para escolher o próximo procurador”.
No ano passado, durante o período eleitoral, a Associação Nacional dos Procuradores da República procurou o então candidato do PT para que ele assumisse o compromisso de indicar alguém da lista tríplice, elaborada pela categoria para vaga de Procurador-Geral da República, caso fosse eleito.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não utilizou como
critério a lista tríplice, o que foi alvo de críticas por integrantes do
Partido dos Trabalhadores à época.
Lula terá que indicar o
substituto de Augusto Aras em setembro. No entanto, o presidente não é
obrigado a seguir a lista sugerida por membros da Procuradoria Geral da
República.
CNN
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