Foto: Reprodução/Instagram
A Polícia Civil de Feira de Santana ainda não identificou os autores do crime contra o empresário Marcos Edilho Pereira Marinho, executado na porta de um restaurante, na Avenida Fraga Maia, no último domingo (12).
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador de Polícia Civil da 1ª Coorpin, Roberto Leal, informou que todos os dados estão sendo investigados, mas ainda é cedo apontar a autoria e motivação.
“Eu tenho certeza que a equipe do Dr. Rodolfo, que está à frente dessa investigação já tem dados importantes. Hoje diversas diligências foram realizadas e estamos aprofundando para a elucidação deste fato. Ainda é cedo, seria prematuro falar sobre a motivação, sobre a autoria, posto que os dados estão sendo levantados, mas as equipes estão em campo, e além disso, não apenas a DH, mas todas as unidades aqui da Coorpin estão cooperando para a elucidação deste fato”, afirmou.
O município de Feira de Santana já atingiu a marca de 17 homicídios, apenas no mês de março. Para o delegado, essa estatística é extremamente preocupante.
“Infelizmente nós estamos com essa estatística em relação ao CVLI [Crimes Violentos Letais Intencionais] extremamente preocupante. Por isso que as ações estão sendo planejadas e executadas por todas as unidades aqui da 1ª Coorpin e, infelizmente, volta a ser a mesma temática, com algumas exceções, mas a disputa pelo tráfico de drogas em determinadas localidades, isso é extremamente preocupante. Por isso que as ações que estão sendo desencadeadas, sempre têm como foco o tráfico de entorpecentes porque ainda continua sendo o maior motivador desses crimes”, apontou.
Ainda segundo o delegado, este nível crescente no número de crimes começou desde o segundo semestre de 2022.
“No segundo semestre de 2022 houve um aumento dos índices e isso já desencadeou algumas ações. Essa preocupação vem desde o ano passado, os planejamentos foram feitos, já visavam esse início de ano, mas infelizmente é algo que ocorreu em Feira de Santana vinculado à disputa de um mesmo grupo que acabou rachando. Este mesmo grupo disputava o tráfico de entorpecentes em alguns bairros aqui em Feira de Santana, este grupo rachou e ocasionou essa onda de mortes. Em virtude disso, foram diversas ações executadas, nós tivemos operações policiais da Polícia Civil, da Polícia Militar, operações em conjunto e também ações dentro do presídio de Feira de Santana para que a gente, de todas as formas, possa atuar imediatamente e consiga a redução desses índices. É preocupante também porque a gente percebe que há um aumento da quantidade de vítimas mulheres que, infelizmente, têm ingressado nesse mundo do tráfico de entorpecentes, e acabam sendo vítimas. Então todas essas situações, esses fatos que estão sendo levantados estão em análise para que a gente possa aprimorar as nossas ações e também executar outras ações nos próximos dias”, informou ao Acorda Cidade.
Mesmo com todas as dificuldades nas elucidações dos crimes, o delegado Roberto Leal destacou as ferramentas utilizadas pela Polícia Civil.
“Infelizmente na investigação que envolve tráfico de entorpecentes, todo mundo sabe dessa máxima que impera a lei do silêncio, as pessoas tendem em relatar, mas a Delegacia de Homicídios tem expertise em investigar esse tipo de crime, sabe como utilizar as ferramentas que possuem, e principalmente, a busca por imagens. São provas técnicas e importantes, a micro comparação com armas que são apreendidas em outros delitos e acabam sendo levadas as informações que essas armas foram utilizadas em determinados crimes. Então todas essas ferramentas são utilizadas para que a gente consiga elucidar esses crimes, mas eu posso dizer que além dessas informações, a troca de informações entre a DTE a DAI e também a DH tem trazido excelentes frutos em relação à elucidação desses crimes”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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