Em entrevista ao programa Roda Viva, realizada nesta segunda-feira, 6, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou sobre a Operação Lava Jato e afirmou que "houve excessos e erros" nas investigações que conduziram os processos.
Questionada sobre as medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal e os recuos no processo da Lava Jato, a ministra, que assumiu a presidência do Poder Judiciário no auge da Operação, explicou o papel das instâncias nos julgamentos dos casos investigados.
"O Supremo só julgou, no caso da Operação Lava Jato, os recursos. Porque os processos tramitavam em primeira instância. Portanto, o pouco que chegou foi em Habeas Corpus ou em recursos. O que fica de lição é, principalmente, que corrupção precisa ser investigada e acho que ninguém duvida disso. Tem que ser processada legalmente. E, além disso, qualquer investigação, de qualquer natureza, qualquer que seja o crime, qualquer que seja a pessoa implicada, precisa cumprir o devido processo legal", afirmou Cármen Lúcia.
Muito pressionada na época, inclusive pela bancada do Judiciário, a ministra viu o projeto passar por uma grande revisão, mesmo no Supremo, com muitos líderes entrando para a política e sendo mal vistos dentro da Corte.
A Tarde
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