Pedreiro é morto em bairro de Salvador; polícia diz que houve confronto e família nega versão

Pedreiro é morto em bairro de Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

De acordo com informações da Companhia Independente de Policiamento Tático (Cipt) Rondesp Atlântico, policiais militares da unidade faziam rondas quando encontraram um grupo de homens armados e houve um confronto. Os suspeitos teriam fugido e se escondido em casas em uma área de matagal.

A Polícia Militar informou que um deles, que seria Rui Andrade, viu um policial que estava isolado dos demais e avançou contra ele com uma faca. O militar atirou contra o pedreiro, que, após ser detido, foi imediatamente socorrido e levado ao Hospital Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos.

Com ele, conforme a PM, foi apreendida uma faca e 14 porções de maconha. Todo o material foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar, onde a ocorrência foi formalizada.

Família contesta versão


A família de Rui Andrade afirma que o homem, que trabalhava como pedreiro há mais de 40 anos, dormia quando teve a casa em que morava arrombada pelos policiais militares.

"Se questionarem as pessoas vão falar a mesma coisa que estou falando aqui. Nunca usou droga, nunca se misturou, nunca foi traficante", disse Paula Andrade, filha do pedreiro.

"O policial militar que tirou a vida de meu pai simplesmente acordou ele para matá-lo", completou.

Ao contestar a versão da PM, Paula afirma que o pai acordou com o barulho do arrombamento e não chegou a dar cinco passos, antes de ser baleado com tiros de fuzil no abdômen.

"Sem direito de defesa, invasão de privacidade, ele não tem argumento nenhum para me dar. Nem que ele dissesse que meu pai estivesse armado, ele não teria o direito de dar tiro em um lugar fatal, ele daria um tiro em um local que cessasse a atitude que, supostamente, ele disse que meu pai teve", questionou.

Paula Andrade também negou a versão de que o pedreiro foi socorrido imediatamente pelos policiais. Segundo ela, Rui foi morto às 0h30 e chegou no Hospital Roberto Santos cerca de três horas depois.

"Pergunto e quero resposta: o que ele fez nesse tempo com meu pai para que ele chegasse no Roberto Santos às 3h? Preciso de uma resposta e explicação", lamentou.

 

G1 Bahia

Postar um comentário

0 Comentários