A Operação Notas Fake cumpriu na terça-feira, 14, cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Itabuna, Camamu e Camacan pelas equipes da Polícia Federal de Ilhéus. Entre outras provas e elementos de investigação apreendidos, foram localizadas 550 notas falsas com os investigados, a maioria com valor de R$ 20.
De acordo com o delegado chefe da PF/Ilhéus, Adair Gregório, o baixo valor dos papéis que imitam dinheiro encontrado nesta operação chamou a atenção dos policiais, pois em outras oportunidades foram localizados papéis falsos imitando valores mais altos.
Ele pontuou que a mudança indica que bandidos estão adotando outra tática, considerando que notas de maior valor tem mais atenção das pessoas que recebem dinheiro no mercado e é mais difícil conseguir que sejam aceitas.
“Também chamou a nossa atenção a idade dos envolvidos. Muito jovens, cujos pais não tem conhecimento que os filhos estão praticando crimes”, advertiu Gregório, ressaltando que os pais devem ficar alertas aos movimentos de adolescentes e jovens.
O delegado destacou que eles recebem propaganda de venda destas notas falsas pelas redes sociais, encomendam e recebem pelos Correios. Alguns acreditam que ficarão impunes, porque não serão descobertos e não tem uma noção exata das consequências deste crime.
Com foco no combate a aquisição e introdução de cédulas falsas na região, os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus, dentro dos autos de inquéritos instaurados, atendendo solicitação da PF.
As investigações tiveram início através do trabalho de monitoramento executado pela Coordenação de Segurança Corporativa dos Correios, que comunicou a Unidade Especial de Repressão à Falsificação de Moeda da Polícia Federal sobre as suspeitas de encomendas contendo cédulas falsas.
Em janeiro deste ano uma operação pelo mesmo crime e modo de operação cumpriu um mandado de busca e apreensão em Itabuna. Conforme o delegado Gregório, a série de ações vai complementando as informações sobre a distribuição de dinheiro falso na região.
A partir dos depoimentos dos envolvidos e das análises de materiais apreendidos, a continuidade das investigações permite que as equipes aprofundem ainda mais o trabalho, identificando outras pessoas e práticas delituosas.
O delegado pontuou ainda a relevância da população em geral participar deste trabalho, informando fatos ligados a crimes de notas falsificadas, bem como a outros crimes investigados pela PF/Ilhéus.
“É importante que as comunidades colaborem. Denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp 71 9258 0158 ou e-mail gab.ils.ba@pf.gov.br, com garantia que a identidade será preservada”, enfatizou.
Segundo o Código Penal Brasileiro, os crimes investigados (adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar ou introduzir na circulação moeda falsa) preveem penas que podem chegar a 12 de anos de reclusão e multa.
A Tarde
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