Treze trabalhadores, entre eles dois menores de idade, foram resgatados de situação de trabalho escravo na qual viviam em uma plantação de café no Espírito Santo. As vítimas foram aliciadas em Itabuna, município baiano localizado a 435 km de Salvador. Os trabalhadores foram resgatados na última terça-feira (25/4).
Por meio de nota, o Ministério Público do Trabalho (MPT-ES) informou que o grupo recebeu uma proposta para colher e armazenar sacos de café, com bom salário e condições normais de trabalho em Sooretama. Ao chegar na propriedade, eles foram colocados em um ambiente apertado, sujo e com goteiras.
Além das péssimas condições do local onde dormiam, eles tinham que tomar água da torneira e havia apenas um banheiro para todos. Além disso, eles ganhavam R$ 12 para cada saco de café cheio. Porém, devido às péssimas condições, conseguiam completar uma média de apenas dois por dia. Com isso, o salário médio dos trabalhadores beirava os 720 reais, caso trabalhassem todos os 30 dias do mês e atingissem o número citado.
Segundo a Polícia Federal, os trabalhadores informaram que queriam retornar à Bahia, porém, como tinham de pagar pela comida e custos básicos de trabalho e sobrevivência, pouco sobrava para as passagens. Segundo o MPT-ES, esse foi o primeiro resgate realizado no ano em safra de café, período que começou em abril. Em 2022, ao menos 30 casos similares a estes foram registrados.
Aratu
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