Em Salvador, Lula diz que não acreditava em eleição de Jerônimo e relata surpresa

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Por Mateus Soares 

Em Salvador para o ato da plenária estadual da elaboração do Plano Plurianual (PPA) Participativo 2024-2027 ocorrido ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou que não acreditava na vitória do governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2024. O petista se consagrou nas urnas contra o ex-prefeito ACM Neto (UB), a quem se referiu durante o seu discurso como “grampinho”.  

“E aí, aparece o Rui Costa indicando o Jerônimo. E eu falei: ‘Wagner, vai ser difícil, a gente vai perder. Rui, vamos ver se tem outro nome aí”, relatou o chefe do Executivo, segundo o qual, o senador e o atual ministro da Casa Civil insistiram na aposta.  

“Eu vim pra cá, o Jerônimo tinha 3% e o grampinho quase 80%. Bem, o que aconteceu é que o homem que estava com 3% ganhou do outro que estava com 65% de votos”, lembrou o petista, na Arena Fonte Nova.  

Na sequência, Lula disse ainda dever muito à Bahia, não só pela eleição de seu candidato, mas também por lhe garantir a vitória em primeiro turno em todos os pleitos que participou.  

O apelido usado na fala de Lula é uma referência ao avô de ACM Neto, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães, denunciado por um esquema de grampos telefônicos contra adversários políticos.  

Durante a sua fala, o governador Jerônimo Rodrigues não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela gestão dos últimos quatro anos. Ele lembrou os cortes feitos pelo ex-mandatário, que, segundo ele, afetou, principalmente, nas áreas da saúde e da educação.   

“Um presidente que cortou o orçamento para o tratamento de câncer, cortou dinheiro das universidades e para o tratamento para quem faz hemodiálise. Ele não tem coração. A Justiça vai cuidar dele e ele vai pagar ‘tintim por tintim’ pelo que fez com o Brasil”, declarou Jerônimo.  

“Mas a Bahia e o Brasil não vão ficar olhando para trás. Nós queremos eleger todas as nossas propostas para garantir que o Brasil olhe pra frente”, emendou.  

Protesto – Durante o evento no estádio, sindicatos que representam o funcionalismo público baiano, integrantes do Movimento Unificado pela Valorização do Servidor Público, aproveitaram a visita de Lula à capital para protestar contra a proposta de 4% de reajuste linear acompanhada pelo aumento da contribuição do Planserv.   

Lá, os servidores pediram ao governador baiano para adotar o reajuste linear a partir de 9%, proposto pelo presidente da República, com pagamento retroativo a janeiro.  

Por fim, já no início da noite, Lula compareceu à assinatura do projeto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, que aconteceu na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes.   

Neste segundo evento na capital, o governo federal prestou uma homenagem especial à cantora Rita Lee, que morreu no início desta semana.  

Tribuna da Bahia 

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