Justiça aumenta pena de ex-diretor da Sudesb por crime de injúria racial; saiba detalhes

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Emilson Piau foi nomeado para a Sudesb, mas diante dos protestos, o governador da Bahia anulou a nomeação

Mais um capítulo polêmico sobre Emilson Piau ganha os noticiários. Acusado e condenado por injúria racial, o ex-diretor da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb),

Piau que cumpria um ano e quatro meses de detenção em regime aberto agora terá que cumprir cinco anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto. A decisão foi do juiz Antônio Silva Pereira, da 15ª Vara Criminal de Salvador.

Além disso, a decisão determina pena de multa em “80 dias-multa”, fixando o valor por dia em um trigésimo do salário mínimo mensal, que deverá ser recolhido ao fundo penitenciário.

De acordo com o juiz, as motivações do aumento da pena ocorreram porque a pena "deverá incidir para todos os crimes, a causa de aumento prevista no art. 141, inciso III do CP [Código Penal], visto que a injúria foi praticada na presença de várias pessoas".

Piau já atuou como secretário estadual de Relações Institucionais no governo Jaques Wagner (PT), teria cometido crime de racismo, no ano de 2015, contra a servidora do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Maisa Flores, além de outros quatro membros do órgão estadual.

Em entrevista ao BNews, Maisa informou que conheceu Emilson Piau em 20 de janeiro daquele ano, quando estava em reunião da Coordenação dos Conselhos Gestores de Unidades de Conservação.

"Ele estava passando pelo corredor em frente a sala da Diretoria Geral do Inema. Ele me avistou, caminhou e entrou na sala. Eu o cumprimentei e apresentei ele à equipe dizendo que ele era um colega da Serin. Eu perguntei onde ele estava lotado e ele respondeu na Coordenação de Políticas para Povos Indígenas da Secretaria de Justiça. Em seguida, fez a mesma pergunta para mim. Eu respondi que estava na Coordenação de Interação Social", relatou Maisa.

Apesar da condenação, Piau foi nomeado para a Sudesb, mas diante da pressão popular e entidades representativas, foi demitido do cargo que havia assumido há cerca de um mês. A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

BNEWS

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