Maqueila Bastos, indiciada no caso Paraíso Perdido, é assassinada em Canarana

Maqueila Bastos diz que tinha boa relação com empresário morto em pousada de luxo na BA — Foto: TV Bahia


Maqueila Santos Bastos, indiciada pela morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, foi encontrada morta na cidade de Canarana. O corpo foi encontrado na madrugada desta quinta-feira (11), em uma estrada vicinal de acesso ao povoado de Baixa do Vigário.

Segundo informações da Polícia Civil, Maqueila estava com as mãos amarradas e com marcas de tiros. Junto ao corpo, foram localizados cartuchos de munição calibre 12, .380 e .40. 

Maqueila estava há poucos dias no povoado de Capivara, na zona rural de Canarana. A morte vai ser investigada pela Delegacia Territorial de Canarana. Além do envolvimento no caso Paraíso Perdido, ela também era investigada por estelionato.

Paraíso Perdido
Leandro Troesch foi encontrado sem vida dentro de um dos quartos de sua pousada de luxo Paraíso Perdido, em Jaguaripe , com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro do ano passado. Leandro havia chegado a ser preso em 2021 por envolvimento em um sequestro vinte anos antes, no bairro do Costa Azul, em Salvador.

Em abril do ano passado, Maqueila confirmou que vivia um relacionamento amoroso com Shirley da Silva Figueredo, viúva de Leandro, mas diz que os dois tinham uma relação aberta e que ele não se incomodava. "Nós tínhamos uma relação amorosa, isso não é a esconder, nos conhecemos no presídio, tenho consideração muito grande pela Shirley, sempre tive convicção que a Shirley não tinha cometido (crime). A relação de Leandro e Shirley era aberta. Eu não tinha muito contato com ele, mas tenho indícios que ele sabia sim da relação da gente, mas em momento nenhum chegou a comentar comigo", explicou, na época.

Em janeiro deste ano, o laudo do exame pericial sobre a morte de Leandro Troesch, encontrado em um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, apontou que o empresário cometeu suicídio.

O documento, assinado no último dia 19 de janeiro, evidencia ainda que não foram detectadas partículas de disparo de arma de fogo nas mãos de Shirley da Silva Figueredo, companheira de Leandro e apontada como suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley está presa desde maio do ano passado.

Um laudo anterior, publicado em abril, apontou que não houve suicídio no caso, levando o delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações, a concluir o inquérito policial e indiciar Shirley por homicídio. O novo exame pericial, contudo, muda a versão.

Procurada, a Polícia Civil declarou que o inquérito policial foi concluído em maio de 2022, pelo crime de homicídio. "O Ministério Público requisitou novas diligências, a exemplo da reprodução simulada, que foi realizada, e em seguida o inquérito foi novamente remetido ao MP com o laudo do Departamento de Polícia Técnica. Somente o MP vai decidir se fará a denúncia ou procederá com o arquivamento do processo."

Correio 24 Horas

Postar um comentário

0 Comentários