Você consegue imaginar a sua vida sem energia elétrica? O Dia Mundial da Energia celebrado no dia 29 de maio é o momento para refletirmos sobre a importância deste grande bem da sociedade e pensarmos em seu impacto tanto em nossas vidas, como no planeta.
A produção de energia elétrica é um processo realizado de diversas maneiras, mas hoje 80% da sua geração a nível mundial é feita através da utilização recursos não renováveis, como os combustíveis fósseis. Um dado alarmante, porque além do seu inevitável esgotamento, a queima de combustíveis fósseis é uma das principais causas do aquecimento global.
Crise energética Segundo relatório de 2022 da Agência Internacional de Energia (IEA), o mundo passa por sua primeira crise energética. Foi uma cadeia de eventos: a pandemia em 2021 trouxe uma recuperação econômica que penalizou todas as cadeias de abastecimento, incluindo a de energia, mas resultou no aumento de 13,4% no PIB mundial em relação ao ano de 2020. O crescimento do PIB elevou o consumo de energia mundial que, por sua vez, resultou em tarifas de energia nunca antes vistas, além de um pico na emissão de CO2 após anos de queda constante.
Os preços elevados foram sentidos em todos os lugares e o aumento do valor da energia no Brasil já não é novidade. Aqui na Bahia, o reajuste da tarifa de energia elétrica tem sido crescente desde 2014.
Futuro renovável Para a IEA, a década de 2020 será crítica para a reorientação dos países em suas estratégias e políticas em busca da transição energética. Tornar o fornecimento de energia mais seguro, sustentável e acessível deverá ser prioridade para as nações continuarem se expandindo economicamente, sem agredir o meio ambiente.
Além de fornecer independência das flutuações do mercado por serem renováveis e abundantes, o mercado de energia limpa já se provou como uma enorme oportunidade para crescimento e geração de empregos. Os postos de trabalho nas cadeias de abastecimento do setor de energias limpas já ultrapassou os de combustíveis fósseis em todo mundo, com uma projeção de crescimento de cerca de 33 milhões para quase 55 milhões em 2030.
Alguns países já estão agindo para atingir maior eficiência energética através de fontes de energia limpas e renováveis. O Brasil, por exemplo, tem se destacado mundialmente pelo avanço na produção de energia solar, com 29 gigawatts (GW) de potência acumulada gerada e o crescimento de 1 GW por mês, desde julho de 2022, tornando-se a segunda maior fonte de produção de energia elétrica no país.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a energia solar já soma mais de R$143,4 bilhões em investimentos, R$42,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e mais de 868,8 mil empregos.
Na Bahia, desde 2012, o setor solar trouxe mais de R$9,5 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 60 mil empregos acumulados e contribuiu com a arrecadação de mais de R$3,3 bilhões em tributos aos cofres públicos.
Na última reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas (ETWG) do G20 realizada no início de abril deste ano, o Brasil foi destaque em temas como financiamentos de baixo custo para a transição energética, eficiência energética e acesso universal à energia limpa.
Atualmente mais de 70% das instalações brasileiras de energia fotovoltaica são residenciais, segundo dados da Absolar, porém apenas 2% de todos imóveis aptos a terem o equipamento realmente se beneficiam da energia solar. É estimado que uma casa com energia solar pode deixar de emitir 1 tonelada de CO2 por ano.
Elian Melo é gestor da InteliSolar, empresa de tecnologias que atua há 17 anos na Chapada Diamantina, na Bahia, e hoje tem grande presença na região no mercado da fonte solar. O seu cliente mais comum é o proprietário que instala o sistema em casa e gera energia para inúmeros outros imóveis, como casas da família ou a própria empresa. Para Elian, a energia solar é essencial para um futuro mais seguro e sustentável. “O uso de novas tecnologias mais eficientes e limpas do que as atuais é muito importante se quisermos realmente preservar o meio ambiente”, completa.
O empresário explica que o que tem atraído as pessoas para a energia solar é principalmente a vantagem financeira. Considerando a manutenção, os impostos e a capacidade de produção, as instalações fotovoltaicas no Brasil se pagam entre 4 a 6 anos. Outros imóveis no mundo podem ter o retorno do seu investimento entre 10 a 20 anos.
Elian explica que a fonte solar dá segurança financeira aos clientes, pois quem tem a energia verde consegue fazer uma previsão exata do seu custo anual com energia. “As pessoas buscam ficar livres dos aumentos constantes da concessionária de energia. Para quem tem energia solar, a energia elétrica custa mais barato ao longo dos anos”, relata Elian.
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