Cristo ensinou por preceito e exemplo o caminho para a vida ideal junto a nossos semelhantes.

“Como podemos saber o caminho? perguntou Tomé em companhia dos demais apóstolos e do Senhor à mesa depois da ceia na noite memorável da traição; e a resposta divina de Cristo foi: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (…)”. (João 14:5–6) E Ele de fato o é! Ele é a fonte de nosso consolo, a inspiração de nossa vida, o autor de nossa salvação. Se desejarmos conhecer nossa relação com Deus, devemos passar por Jesus Cristo. Se desejarmos conhecer a verdade sobre a imortalidade da alma, temos o exemplo da ressurreição do Salvador.

Se desejarmos aprender como levar uma vida ideal junto a nossos semelhantes, podemos encontrar o exemplo perfeito na vida de Jesus. Sejam quais forem nossos desejos nobres, nossas aspirações mais elevadas, nossos ideais em qualquer fase da vida, podemos mirar-nos em Cristo e encontrar a perfeição. Assim, ao buscarmos um padrão de conduta moral, basta buscarmos o Homem de Nazaré e Nele veremos todas as virtudes incorporadas, as qualidades necessárias para tornar um homem perfeito.

As virtudes que se combinaram para formar esse caráter perfeito são a verdade, a justiça, a sabedoria, a benevolência e o autodomínio. Todos os pensamentos, palavras e atos Dele estavam em harmonia com a lei divina e, portanto, verdadeira. O canal de comunicação entre Ele e o Pai estava constantemente aberto e assim a verdade, que depende da revelação, era sempre conhecida por Ele.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aceita como literalmente verdadeiras as seguintes palavras de Jesus: “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. (João 10:10) Contudo, cremos que essa vida em abundância não se obtém apenas por meio da exaltação espiritual, mas também da aplicação no cotidiano dos princípios ensinados por Jesus.

Esses princípios são poucos e simples e podem, se desejarmos, ser aplicados por todas as pessoas normais. O primeiro deles e o alicerce sobre o qual se edifica a sociedade cristã é: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças (…)”. (Marcos 12:30) A crença num Ser Supremo que vive e ama Seus filhos, uma crença que lhes dá força e vigor à alma. A certeza de que podemos buscá-Lo para receber orientação e de que Ele Se manifestará àqueles que O procurarem.

Outro princípio é a aceitação da verdade de que a vida é um dom de Deus e portanto algo divino. O uso adequado desse dom impele o homem a tornar-se o mestre, e não o escravo, da natureza. Seus apetites devem ser controlados e usados em benefício de sua saúde e do prolongamento da vida. Suas paixões devem ser dominadas e controladas para a felicidade e bênçãos dos demais e a perpetuação do gênero humano.

Um terceiro princípio é a integridade pessoal. Por integridade, refiro-me às qualidades simples e prosaicas da honestidade, sobriedade e respeito aos direitos alheios, o que nos levará a conquistar a confiança das pessoas a nossa volta. Esse reconhecimento se aplica tanto às nações quanto aos indivíduos. É tão errado para uma nação, por ser mais poderosa, roubar de outra e oprimi-la quanto para uma pessoa roubar e matar outra.

Um quarto princípio essencial é a consciência social que faz surgir em cada pessoa a consciência de que ela tem o dever de tornar o mundo um lugar melhor devido a sua intervenção.

A vida do Salvador foi guiada principalmente pela (…) Pureza Individual e o Serviço. Ele manteve-Se totalmente imune dos pecados do mundo e dedicou Sua vida à preocupação com o próximo, à salvação da família humana. Ele sempre estendia a mão aos oprimidos, consolava os enfermos, curava os coxos e demais deficientes, dando Sua vida pelo mundo.1

Há a necessidade premente de uma mudança drástica nas relações dos homens uns com os outros. Nunca houve um período da história do mundo quando uma mudança para melhor fosse mais urgente. E como a rejeição dos ensinamentos de Cristo resultou em inúmeros desastres, apenas com períodos curtos de repouso, paz e progresso, não consigo compreender por que as pessoas não estão dispostas a substituir a autopromoção egoísta pelo princípio cristão da consideração fraternal, da honestidade, do valor e do caráter sagrado da vida humana, da virtude do perdão, da condenação do pecado da hipocrisia e da cobiça, do poder salvador do amor.

Os membros da Igreja de Cristo têm a obrigação de tornar o Filho do Homem, sem pecado, seu ideal. Ele é o único Ser Perfeito que já pisou na Terra; o exemplo mais sublime de nobreza. Ele tinha uma natureza divina; Seu amor era perfeito; Ele é nosso Redentor, nosso Salvador, o Filho imaculado de nosso Pai Eterno; a Luz, a Vida e o Caminho.

Eu aceito Jesus Cristo como a personificação da perfeição humana.


 

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