E Lira empareda Lula. É quando a relação mais se parece chantagem

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Anteontem, Lula, o presidente da República, e Arthur Lira (PP–AL), presidente da Câmara, sentaram e se ajustaram -

 

Sempre se disse, desde o início do governo de Lula, que a articulação política não ia bem. E as porradas desabaram nos colos de Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Anteontem, Lula, o presidente da República, e Arthur Lira (PP–AL), presidente da Câmara, sentaram e se ajustaram.

Mas indagaria você: Lira não votou com Bolsonaro? Votou, mas quer uma fatia do poder. E tem. Vem do Congresso, o Centrão, aquele grupo, a grande maioria, que surfa entre esquerda e direita com um olhar bem definido, o próprio umbigo.

O modelo brasileiro é esse, único, o chamado presidencialismo de coalizão. O presidente reina, mas imprensado. Na cola dele, tem os deputados, que só deixam a governança fluir quando estão satisfeitos. 

Toma lá dá cá —-Tem sido assim desde que o Brasil voltou a democracia. Ainda no governo José Sarney, em 1988, o deputado paulista Roberto Cardoso Alves, o Robertão, já proclamava o clássico ‘é dando que se recebe’.

Foi nesse mesmo tom que Fernando Henrique Cardoso governou, Lula o sucedeu, pisou no acelerador, deu na Lava Jato, Dilma não quis ceder, perdeu o mandato, Michel Temer, o sucessor, já era do metier, se abriu todo, sofreu enormes turbulências com o escândalo da JBS, mas governou até o fim.

Bolsonaro entrou amaldiçoando a prática, por ele chamada de toma lá, dá cá. Acabou se arreganhando, agora voltou Lula. Soltou o toma lá esperando o dá cá.

É um jogo que mais parece negociata. Mas é assim.

Lula vai à Bahia Farm Show, onde nem sempre é bem vindo

Lula, ao lado de Jerônimo, vai participar terça da abertura da Bahia Farm Show, tida como uma das três maiores feiras agropecuárias do Brasil, mas a visita não vai ser lá tão amistosa assim, a julgar pelo que se passa nas redes.

Os bolsonaristas do trecho não cansam de bombardear o presidente. Lá, no ano passado, Bolsonaro ganhou de Lula nos dois turnos, sendo que do primeiro para o segundo, cresceu. Teve 54,02% contra 41,43 noutro e depois 58,61 contra 41,39%.

Mais que isso, lá também foi o único caso na Bahia em que, na disputa pelo governo, Jerônimo ficou em 3º.

No primeiro turno deu ACM Neto 41,62% contra 33,19% de João Roma e 24,89% de Jerônimo. No segundo turno, o eleitorado de Roma todo correu Neto, que teve 70,40%, a vitória mais expressiva dele no estado, contra 29,60% de Jerônimo.

E Pancadinha vai levando

Líder nas pesquisas em Itabuna, o deputado Fabrício Nunes da Silva, o Pancadinha (SD), já tem resposta pronta quando dizem que ele tem popularidade, mas não tem grupo:

— Meu grupo é o povo.

A abordagem e resposta foi dada na sala do cafezinho da Alba. Um colega viu, o chamou: ‘Amigo, não é assim’. E conversaram num canto. Em suma, Pancadinha quer fazer grupo.

Lilian e o grande alívio na Petrobras sem Bolsonaro

Baiana de Valença, 44 anos, casada, Lilian Ferrari Viterbo tomou posse ontem  como diretora geral do sistema de saúde da Petrobras, um universo que abrange 45.149 trabalhadores concursados e 120 mil contratados no Brasil e mais 23 países onde a empresa atua, dos EUA até a Tanzânia. E ela diz que tem um foco bastante definido:

— Vou cuidar dos meus colegas com humanidade. Eles sofreram muito com as turbulências do governo anterior, toda hora uma ameaça de privatização, muita angústia.

Além do alívio do momento, currículo é que não lhe falta. É formada em enfermagem e PhD em Saúde do Trabalhador e Saúde Ambiental pela Universidade Fernando Pessoa, Portugal. 

Fonte:Porta A Tarde 

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