Mais de 1200 espadas e cerca de 200 kg de pólvora são apreendidos em fábricas clandestinas de fogos de artifício no recôncavo baiano

Milhares de espadas foram apreendidas no recôncavo baiano — Foto: Polícia Militar da Bahia

A Polícia Militar (PM) apreendeu mais de 1200 espadas e aproximadamente 200 quilos de pólvora na zona rural de Cruz das Almas, no recôncavo baiano. A ação ocorreu na tarde de sábado (3) e ninguém foi preso.

Equipes da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) receberam denúncias de que havia dois pontos de fabricação clandestina de fogos de artifício na localidade do Tuá. Os homens que estavam nos locais fugiram após a chegada dos agentes e não foram encontrados nas rondas.

Ao todo, durante a ação foram apreendidas 1254 espadas, pólvora e outros itens utilizados na confecção de fogos, além de duas motocicletas.

A pólvora precisou ser queimada imediatamente, no mesmo local onde foi encontrada, em uma área descampada, por causa do perigo de explosão e do risco à vida dos policiais durante o transporte do material. Todo o restante foi levado para a delegacia territorial de Cruz das Almas, que vai investigar o caso.

Proibição da guerra de espadasPrática de guerra de espadas é tradição em Cruz das Almas — Foto: Reprodução / TV Bahia

Prática de guerra de espadas é tradição em Cruz das Almas — Foto: Reprodução / TV Bahia

Na noite de quarta-feira (31), a PM interrompeu uma guerra de espadas em Cruz das Almas, onde a prática é proibida por determinação judicial desde 2011. O caso aconteceu na rua da Estação, durante a festa Alvorada, que marca o começo do mês dedicado às festas juninas.

Em imagens divulgadas em redes sociais, é possível identificar pessoas passando mal após efeito de gases de efeito moral e spray de pimenta. De acordo com os moradores, a ação da PM para conter os espadeiros foi truculenta.

A Polícia Militar disse que estava no local para fazer a segurança da Alvorada, mas também para garantir o cumprimento da lei.

Existem algumas tratativas para tentar a legalização a guerra de espadas, por ser uma tradição do município, mas é necessário reverter a decisão judicial, que foi baseada no estatuto do desarmamento, além da legislação estadual que penaliza quem fabricar, possuir e soltar espadas. As penas podem chegar até seis anos de prisão. 

G1 Bahia 

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