Torcedores brasileiros apoiam perda de pontos por racismo, diz estudo

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Os fãs brasileiros de futebol apoiam punições severas nos casos em que torcedores tenham comportamento racista. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pela startup Armatore Market+Science junto a 500 torcedores de 19 estados do país, além de residentes no exterior. 

De acordo com o estudo, 80,6% dos participantes concordariam que o próprio time fosse condenado ou perdesse pontos em campeonatos por atos racistas praticados por sua torcida. 

Os entrevistados também foram questionados sobre punições relacionadas aos patrocinadores. Para 73,1% das pessoas, é de responsabilidade das marcas deixar de apoiar times e competições em casos como estes. 

Quanto ao comportamento individual, 78,8% dos participantes afirmam que deixariam de comprar produtos de empresas ligadas a times com torcidas que praticam atos racistas se não houver qualquer providência após o registro das ocorrências.  

O estudo foi iniciado após os casos envolvendo o atacante brasileiro Vini Jr na Espanha. Para 72,8% dos entrevistados, os torcedores espanhóis são mais racistas que os fãs brasileiros de futebol. Mas 70,8% dos participantes disseram não acreditar que bastaria que o jogador atuasse em outra grande liga europeia para deixar de sofrer ataques racistas.

A esmagadora maioria das pessoas que responderam à pesquisa disseram que o racismo é uma pratica presente no Brasil: 90%. Para cerca de 53% dos entrevistados, Vini Jr sofreria ataques racistas mesmo se ainda jogasse no futebol brasileiro. 

Os participantes ainda foram questionados se o atacante do Real Madrid provoca torcedores e jogadores adversários, e 78,1% discordaram.  A grande maioria, 93,4%, apontou que a LaLiga deve implantar um sistema de combate ao racismo. 

A pesquisa também fez um paralelo com a homofobia: 64,4% dos entrevistados acreditam que os torcedores brasileiros são tão homofóbicos quanto os espanhóis são racistas. Por isso, 84,7% afirmaram que a homofobia no futebol também precisa receber atenção da mídia. 

Correio 24 Horas

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