Os números recentes de pessoas contaminadas pelo mal de chagas tem preocupado a população baiana nos últimos dias. A situação fez com que a Sesab colocasse o estado em alerta.
No município de Serrolândia ocorreu o caso mais grave que terminou com a morte de uma adolescente de 12 anos, e o que chama a atenção é a forma como a contaminação dessa jovem e de outras pessoas de sua família ocorreu. Três membros da mesma família também adoeceram em janeiro. Segundo a prefeitura de Serrolândia os casos foram tratados inicialmente como dengue, só depois da morte da jovem em fevereiro foi identificada a doença de Chagas.
A infecção teria acontecido pela ingestão de um suco de acerola. Em nota a prefeitura de Serrolândia o foco do inseto na residência da família foi localizado no galinheiro da casa.
Infectologistas alertam que a forma mais comum de contaminação da doença é através da picada do barbeiro. Ele se alimenta de sangue picando a vítima e defeca quando tá se alimentando. Ao sentir a picada a pessoa geralmente se coça, e no ato de se coçar o local leva essas fezes pro local da picada, e então a contaminação ocorre. Mas também pode ocorrer por via oral, como no caso de Serrolândia, em que as vítimas se contaminaram ao beber um suco de acerola. Certamente ao fazer o suco a fruta deveria conter fezes do mosquito ou até mesmo ele pode ter sido triturado junto com as frutas, fazendo com que estas fezes fossem consumidas via oral, causando a contaminação. Por este motivo infectologistas alertam para a importância da assepsia de frutas e legumes no momento do reparo de alimentos.
Na fase mais crônica da contaminação, onde o parasita está na corrente sanguínea, pode haver manifestações de febre, cefaleia, adenomegalia, palidez, dispneia, dor abdominal ou torácica, enquanto na fase crônica pode haver o comprometimento cardíaco, digestivo e neurológico.
Na Bahia, de janeiro até agora foram registrados 6 casos da doença no estado com uma morte.
Fonte:Bahia Acontece
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