Dois principais cartéis mexicanos buscam expandir seus trabalhos para o Brasil, conforme aponta um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com a coluna Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, a Abin estuda alguns pontos considerados cruciais para combater o crime organizado no país.
“Reconhecida pela extrema
violência, que os colocam entre as mais perigosas do mundo, as
organizações mexicanas seguem expandido influência nos países
produtores, consumidores e de trânsito de drogas, como o Brasil”, anotou
trecho do documento.
Conforme apurações do colunista, a Abin apontou especial preocupação com os cartéis Sinaloa e Jalisco Nueva Generacíon (CJNG), formado a partir de uma dissidência do primeiro. O relatório foi produzido na mesma época em que as duas organizações criminosas firmaram parceria com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil.
“Além de dedicar-se ao tráfico de drogas, [o
CJNG] dedica-se também aos crimes de extorsão e sequestro, roubo de
veículos e tráfico de armas (diversificação da economia criminal).
Também se especializou em oferecer serviços de lavagem de dinheiro em
paraísos fiscais para outras facções e até para grupos empresariais”,
revela a Abin.
No ano passado, a revista Veja mostrou que a embaixada do Brasil no México foi avisada, por autoridades locais, de que o PCC estabeleceu “conexões concretas” com o CJNG e o Sinaloa, cujo famoso chefe, “El Chapo” Guzmán, foi preso e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
A Tarde
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