O lateral Marcelo, do Fluminense, foi denunciado pela unidade disciplinar da Conmebol pela expulsão no jogo contra o Argentinos Juniors na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. O atleta foi enquadrado no artigo 14.1, inciso b do código de competições e pode desfalcar a equipe por tempo indeterminado.
De acordo com o texto do artigo, a Conmebol pode suspender o jogador brasileiro "por pelo menos um jogo na competição ou por período indeterminado". A entidade não estipulou um tempo máximo de afastamento para casos como o de Marcelo e o Fluminense tem até a próxima quarta-feira (9) para se posicionar sobre o caso.
O time carioca entrou com uma representação na entidade para tentar anular a suspensão automática do atleta pelo cartão vermelho, na última quarta-feira (2).
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A denúncia de Marcelo aconteceu momentos após a divulgação da súmula da partida. "Jogo brusco grave. Ele é expulso por jogo brusco grave, por pisar na altura da canela, causando uma lesão no rival. Diante do exposto, o jogador foi substituído", diz o relato do árbitro.
Apesar de ser o causador da lesão grave em Sánchez, zagueiro do Argentinos Juniors, Marcelo foi o primeiro jogador a pedir para que a partida fosse parada e que o atendimento médico fosse realizado. Na coletiva após a partida, o técnico Fernando Diniz não entendeu a razão pelo cartão vermelho e se revoltou.
"Para mim, é absolutamente absurda a expulsão do Marcelo, uma loucura. O que o Marcelo ia fazer? Todo mundo está triste pelo que aconteceu com o atleta. Isso é uma coisa. A segunda coisa é que a expulsão foi absolutamente equivocada. Até pela reação do Marcelo. Não teve intenção. Não tinha onde o Marcelo botar o pé. Como vai ser expulso?", questionou o treinador brasileiro.
Na quarta-feira (2), horas depois de sofrer a grave lesão, o zagueiro Sánchez deixou o hospital na Argentina e disse entender que Marcelo não foi maldoso no lance e já se desculpou pelo acontecido. "Marcelo me ligou e mandou mensagem para pedir desculpas. Sei que foi sem intenção", disse Sánchez.
"Ele disse que estava se sentindo mal e fiquei sabendo que foi tentar falar comigo no vestiário. São gestos que mostram como ele é como pessoa. Eu o admirava como jogador e agora o admiro como pessoa. Não tenho nada para reclamar dele, ele pode ficar tranquilo e lhe disse isso".
Correio 24 Horas
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