Candidato à presidência do Crea-BA critica atual gestão e apresenta propostas: 'Mais transparente'

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As eleições para escolher o novo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) vão acontecer no próximo dia 17 de novembro. Desta vez, a escolha será feita de forma virtual, no período de 8h às 19h.

Ao BNews, um dos candidatos, o engenheiro civil Ubiratan Felix, conhecido como Bira, disse que a expectativa é que a adoção do voto online traga um maior número de eleitores.

"Eram feitas em urnas, presencialmente, e agora será de forma remota, na internet. O voto não é obrigatório, e a participação das pessoas era muito pequena, em torno de 5 a 6%. A nossa expectativa é que a adoção do voto na internet tenha maior quantidade de votos. Tinha urnas em cerca de 50 cidades baianas. Por exemplo, o morador de Poções tinha que ir em Vitória da Conquista para votar. Ficava muito longe. Com a internet, se o indivíduo estiver registrado no Crea, vai receber uma senha e vai votar. Isso aumenta a possibilidade de votos", disse.

Uma das grandes reclamações das 47 mil pessoas filiadas no estado é o aumento do valor da anuidade. Eles justificam, principalmente, a falta de retorno da fiscalização. De acordo com Bira, cerca de 80% da receita do Crea na Bahia é derivada de taxas e multas, e muito pouco da anuidade. 

"Nós entendemos que podemos diminuir esse valor. Os profissionais de engenharia estão precarizados e não faz sentido ter um sistema rico e profissionais nessa condição. Baixando a anuidade, você terá a possibilidade de vários profissionais e empresas retornarem a recolher para o Crea, pois hoje temos realidade, por exemplo, de empresas em que somente um profissional paga a anuidade, em um universo de diversos sócios", explicou o candidato.

De acordo com Bira, a atual gestão do conselho "fez várias promessas que não foram finalizadas". Uma das maiores deficiências, segundo ele, é a falta de fiscalização.

"Tem local que não tem fiscal, como Bom Jesus da Lapa. Em Conquista só tem dois. Precisaria fazer um concurso para recompor o quadro de fiscalização, porque ela garante a qualidade dos serviços de engenharia, protege a sociedade e propicia que os profissionais de engenheira legalizados sejam contratados e não tenham concorrência desleal, porque muitas vezes o profissional é obrigado a pagar todas as taxas e tá concorrendo com alguém que não é capacitado, e cria um desequilíbrio do mercado, e causa consequências danosas à sociedade", disse.

Visando uma vitória no pleito, Bira garantiu que deseja fazer "uma gestão mais transparente". Entre suas propostas estão o apoio a inserção dos profissionais no mercado de trabalho; resolver os questionamentos de empresas e empreendedores em relação ao sistema Confea-Crea; garantir apoio a entidades e instituições de ensino; e criar um espaço físico no CREA para abrigar uma câmara de mediação e arbitragem para solução de conflitos. 

Fonte:BNEWS

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