Justiça torna ex prefeito José Ronaldo réu em ação que apura desvios na saúde

Joaquim Neto

O juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal, acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil), em ação que apura o desvio de milhões na saúde do município. A denúncia é um desdobramento da operação “Pityocampa” que apura esquema fraudulento de licitações e superfaturamento de contratos celebrados pela Coofsaúde (Cooperativa de Trabalho) com a Prefeitura de Feira de Santana. 

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Segundo a denúncia do MPF, a Coofsaúde recebeu cerca de R$ 285,6 milhões do Fundo Municipal de Saúde e da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, entre os anos de 2009 e 2018, e R$ 71,6 milhões deste montante teria sido superfaturado.

Ao Conectado News, José Ronaldo minimizou, dizendo que é algo normal a justiça aceitar denúncia do Ministério Público e que em outras ações semelhantes ele foi absolvido.

"Esse é um assunto que foi altamente divulgado em Feira de Santana em dezembro de 2018 por toda a imprensa do estado da Bahia. Toda vez que o Ministério Público entra com uma ação, o juiz de direito aceita a ação e qualquer pessoa que está dentro daquele pedido de processo vira réu. A ação corre, é julgada e analisada, neste caso, a denúncia se baseou na licitação pública e também na questão de remuneração de médicos, pagamentos de médicos, sobre essa questão de licitação, já houve decisão do juiz me absolvendo. Quanto à questão de remuneração dos médicos, a ação continua em andamento, quando juiz, dentro de sua autoridade constituída, ouve testemunhas, analisa a defesa, documentação apresentada, e nesses assuntos, sempre acreditei na decisão da Justiça".

Ronaldo concluiu afirmando que este acontecimento não atrapalhará a sua possível candidatura em 2024.

"Não vejo porque, ser réu, não é ser condenado, em parte desta ação já fui absolvido, o que poderia pesar mais sobre mim, a questão da licitação pública. A outra parte da ação continuará normalmente com meu direito à defesa", concluiu.

Fonte:Conectado News 

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