Quando tinha 21 anos, Taylor White teve o rosto tatuado com obscenidades contra sua vontade, deixando-a sem outra opção a não ser cobrir as marcas feias com tinta preta escura.
Agora, mais de uma década depois, a moradora da Flórida (EUA), aos 37 anos, está finalmente removendo sua tatuagem escura no rosto com a intervenção de Karridy Askenasy, também conhecido como TheDadBot, que soube da história e resolveu ajudar, com sessões de laser.
A americana, que anteriormente trabalhou na indústria de modificação corporal e está tentando fazer a transição para o campo da saúde mental, disse que sua tatuagem no rosto se tornou um obstáculo para ela conseguir um emprego e ela ficou arrasada com os seguidos casos de rejeição.
"Tentei me candidatar a empregos na área de saúde mental apenas como defensor”, disse Taylor, que tem transtorno bipolar, ao "NY Post". "Eu entendo que minha aparência é bem diferente e talvez possa incomodar alguém que tenha sua própria condição", completou ela.
Quando ela era jovem, sua jornada de tatuagem no rosto começou com linhas finas em cada lado do rosto conectando os olhos às têmporas.
Era uma "pintura de guerra”, definiu ela, que Taylor pintou quando estava "numa fase" e trabalhava numa loja de tatuagem na tentativa de provar seu valor como artista.
Na época, Taylor casou-se com um militar dos EUA, que mais tarde se divorciou dela por causa de uma mulher que conheceu no Iraque, deixando a ex sem teto e dormindo no sofá do estúdio de tatuagem.
As coisas melhoraram quando Taylor conheceu um "cara legal". Porém o novo namorado se revelou "abusivo" tanto física quanto sexualmente.
Na noite de seu aniversário de 21 anos, ele a levou a um bar local para ficar bêbada pela primeira vez, mas sem o conhecimento dela, ele e seus amigos supostamente tinham planos mais sinistros em mente. O homem, cuja identidade ela esconde, levou Taylor a um quarto de hotel. É tudo que ela lembra até a manhã seguinte.
Quando acordou e se olhou no espelho, Taylor viu "coisas realmente horríveis" permanentemente pintadas em seu rosto – que ela se recusou a detalhar. Ao retornar ao estúdio de tatuagem para trabalhar semanas depois, o seu chefe ficou boquiaberto com a cena.
"Ele disse: 'Você não pode viver assim'", declarou ela, lembrando como ele se ofereceu para "apagar" as tatuagens agressivas para que ela pudesse "viver uma vida normal". A solução foi cobrir tudo.
"É um processo gradual, mas que produz resultados permanentes e transformadores", afirmou ela.
Extra o Globo
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