O
secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, afirmou nessa
sexta-feira (15), durante entrevista coletiva, que a polícia baiana não
vai descansar enquanto não tiver prendido todos os suspeitos pela morte
de um policial federal durante uma megaoperação em Valéria, na manhã de
hoje. Ele também disse que o confronto aconteceu quando os policiais se
depararam com "um bonde" quando iam iniciar a operação, que buscava
prender onze alvos.
"A gente se solidariza totalmente com a
família, que perdeu um ente querido, um policial. Nos solidarizamos
também e desejemos rápida recuperação aos outros dois policiais
feridos", iniciou Werner. "Estávamos realizando uma operação na Valéria,
numa região conflagrada, em disputa. Infelizmente fazendo enfrentamento
à criminalidade, diga-se de passagem, acabamos por ter uma situação
onde um dos nossos policiais federais que estava envolvido na situação e
acabou por falecer em confronto com criminosos. As ações continuaram e a
partir dos eventos que se desdobraram, quatro bandidos foram mortos,
mais dois fuzis apreendidos e mais duas pistolas", explicou.
O secretário pediu também apoio da população e da imprensa nesse momento. "Não pararemos, não descansarei, até encontrarmos todos os responsáveis por esse crime fatal. Continuamos realizando operações de segurança e policiamento ostensivo na área. Convoco a população a nos ajudar de forma anônima através do Disque Denúncia ou do 190", disse.
Wener afirmou que as facções criminosas são um fenômeno nacional, mas a polícia baiana não vai permitir que tomem conta do estado. "Um dos criminosos que estavam no confronto é um altamente periculoso, que integrava o Baralho do Crime, era o Rei de Espadas. Outros que ainda estão sendo procurados, até por questão estratégica não fazemos a divulgação dos nomes, mas queria deixar essa mensagem. Não iremos descansar, continuaremos com enfrentamento que tem que ser feito contra o crime. contra as facções que são responsáveis pela morte violenta no estado", finalizou.
O superintendente da PF na Bahia, delegado Flávio Albergaria, afirmou que a ação conjunta era para "Estamos prestando todo apoio e solidariedade à família do colega que infelizmente morreu. Não iremos descansar, a PF está empregando todos recursos humano e tecnológicos para fazer enfrentamento a esses grupos criminosos na Bahia. Não vamos recuar, a ação prossegue, não vamos descansar enquanto não dermos uma reposta bem contundente a esses grupos criminosos que estão atuando na Bahia".
A operação, conjunta entre as polícais Civil, Militar e Federal, estava marcada para começar nessa madrugada. Segundo apuração, a ação focava a facção Katiara, mas quando os policiais chegaram se depararam com bandidos ligados à facção BDM, que estavam indo tentar retomar controle da área. Os policiais reagiram e trocaram tiros com os bandidos, que estavam fortemente armados com fuzis e até granadas.
Na ação, quatro suspeitos foram mortos, além do agente da PF. Outros dois policiais ficaram feridos.
Policiais atingidos
Um dos três policiais baleados durante uma megaoperação no bairro de Valéria não resistiu e morreu nesta sexta-feira (15). A vítima trabalhava na Polícia Federal. Até agora, quatro suspeitos também morreram em troca de tiros durante a operação. A ação interdita a Estrada do Derba nessa manhã.
O policial federal morto foi identificado como Lucas Caribé Monteiro de Almeida. Ficaram feridos o policial civil Vockton Carvalho e policial federal Hosannah Carneiro.
O policial Vockton foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE) e passa por cirurgia no olho esquerdo, atingido por estilhaços de granada. Hosannah Carneiro também foi socorrido ao HGE, mas não há detalhes sobre estado de saúde dele.
Correio 24 horas
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