Uma fonte exclusiva da coluna contou que a travesti Talita Oliveira, que acusou André Valadão de tê-la contratada para um programa, há mais de 20 anos, se recusou a prestar esclarecimentos sobre as declarações. O depoimento estava marcado para o último dia 25, mas após ser notificada pelo escrivão da polícia através do WhatsApp, informou que não iria se apresentar às autoridades.
Segundo a nossa fonte, Oliveira apenas mandou um áudio, com novas frases difamatórias e de injúria. Com isso, a polícia já tem elementos suficientes para encerrar o inquérito, atestando que houve prática de crime contra o pastor da Igreja da Lagoinha. Com o fim das investigações, um número inicial de processo já foi liberado e a Polícia Civil vai pedir a quebra dos dados de Talita, além de solicitar pedido de cooperação internacional, já que a ré se encontra em Dijon, na França.
O cristão registrou queixa-crime na Europa contra Talita, no dia 1º de setembro, após ser acusado de pagá-la para fazer sexo. Vanessa Souza, advogada do pastor, informou que a denúncia foi aceita pelo Ministério Público na Europa, em conjunto com a Europol, agência que apura crimes no âmbito da internet.
“Estou em Dijon, na França. Fizemos a representação na promotoria local, entregando os documentos contra ela. Em São Paulo, o delegado já mandou instaurar o inquérito policial, abrindo um processo penal e com essa providência, viajei para Europa para acionar a promotoria local”, ressaltou a especialista, na ocasião, com exclusividade para a coluna.
O inquérito citado por Vanessa foi pedido pelo delegado Marco Antônio Dário, titular da Delegacia da Vila Leopoldina, em São Paulo, em razão de condutas praticadas por Talita nas redes sociais, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.
“Após a abertura do inquérito foi constatado que há indícios de materialidade e crimes praticados por ela [Talita Oliveira] contra o André Valadão. Formalizei um representação com as autoridades locais para que sejam tomadas as providências cabíveis”, frisou a advogada no início deste mês, lembrando que Talita Oliveira será será investigada no Brasil e na França.
Relembre o caso:
A advogada Vanessa Souza, que representa o pastor André Valadão, apresentou uma denúncia ao Ministério Público na Europa, em conjunto com a Europol – agência que apura crimes no âmbito da internet – contra a travesti Talita Oliveira. O motivo foi um vídeo publicado pela moça nas redes sociais, onde afirmou que já teria feito sexo com o religioso.
“Estamos determinados a buscar uma reparação justa e necessária perante essas vergonhosas e infames alegações”, disse a advogada. “Não descansaremos até que a verdade prevaleça e essa pessoa enfrente as consequências adequadas por seus atos”, completou.
De acordo com Vanessa Souza, a iniciativa de recorrer à justiça europeia tem o propósito de evitar a percepção equivocada, por parte dos cidadãos brasileiros residentes no exterior, de que estejam imunes às consequências legais em virtude de sua localização geográfica.
A confusão começou após o pastor André Valadão causar uma polêmica levantada pela web, ao promover um suposto discurso de ódio contra a comunidade LGBTQIAP+. Após as falas, que segundo ele eram apenas a reprodução dos ensinamentos cristãos, a travesti Talita Olivier, mais conhecida como Talita Oliveira, afirmou que já teria feito sexo com o religioso, que é casado com Cassiane Valadão e pai de três filhos, Lorenzo, Vitório e Angel.
De acordo com Talita, o pastor teria a contratado duas vezes para serviços sexuais há cerca de 10 anos. Ela disse estar expondo a suposta situação agora pois quer “tirar as máscaras” de Valadão.
Em entrevista à IstoÉ Gente, Talita disse: “Não me lembro o dia exatamente [do meu primeiro contato com o pastor], acho que faz entre 10 a 12 anos. A primeira vez ele me pegou em uma rua na Avenida Indianápolis, em São Paulo, não muito longe do banco do Bradesco. A segunda foi em Porto Alegre. Ele cantava em um grupo gospel na época”.
Segundo ela, Valadão teria pedido que ela colocasse seu boné e usasse sua camisa, pois “tem tesão em homens, não em mulheres”. Ela ainda contou detalhes sobre o seu suposto envolvimento sexual com o pastor: “Eu sempre uso preservativo com todos os meus clientes, mas ele fez oral em mim sem camisinha”.
“Não tenho medo que ele me processe. Ele contratou os meus serviços e deseja a minha morte e da minha comunidade. Eu nunca tive vontade de expor isso, pois minha vida está em risco. Quero tirar as máscaras dele”, completou.
Fonte:Metrópoles
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