Cerca de 70 mil pessoas seguem isoladas, desde o último sábado (2), numa região do deserto de Black Rock, em Nevada, nos EUA, onde acontecia o festival Burning Man. Criado em 1986, o evento anual, que é considerado um dos mais importantes da contracultura americana, foi marcado por uma fortíssima tempestade. Uma pessoa morreu no local, e o caso está sendo investigado. No último domingo (3), autoridades divulgaram um comunicado orientando que quem ainda está "preso" no lugar, em meio à lama, economize comida, água e combustível, até que o resgate seja realizado.
O Gabinete do Xerife do Condado de Washoe afirmou no Twitter que a entrada do Burning Man permanecerá fechada pelo menos até esta segunda-feira (4), quando o festival se encerraria. Segundo os organizadores, o público pode ficar preso no local por vários dias. "A entrada e a saída estão suspensas até um novo aviso", comunicaram.
Icônico desde a década de 1980, quando os amigos e fundadores Jerry James e Larry Harvey incendiaram o primeiro "Man" (um boneco de madeira) em Baker Beach, em São Francisco, o festival Burning Man é hoje um dos maiores eventos alternativos do mundo.
A cada ano, uma multidão se voluntaria para criar, em coletividade, uma cidade temporária dedicada à arte, à comunidade e à expressão, no meio do deserto. Cada pessoa é responsável por levar tudo o que vai consumir, até a água. Além de ouvir gêneros eletrônicos que vão do trance ao drum & bass, o público pode se encantar com as megaesculturas e instalações montadas a céu aberto. Ao final do evento, o tradicional boneco é queimado — fazendo valer o nome do festival.
Em 2022, registros de filas quilométricas de engarrafamento em meio ao deserto americano viralizaram nas redes. O pesadelo foi vivido por milhares de pessoas que tiveram de enfrentar mais de oito horas de congestionamento para deixar o festival. Imagens aéreas, à época, mostravam filas de carros a perder de vista. Algumas pessoas chegaram a abandonar os veículos no local.
Correio 24 horas
0 Comentários