Parlamentares votaram pela suspensão do deputado conservador Peter Bone da Câmara dos Comuns da Inglaterra depois que uma investigação apontou que ele havia intimidado e sido sexualmente inapropriado com um ex-funcionário. A suspensão inicial é de seis semanas. O crime teria acontecido em um hotel de Madrid, na Espanha.
Descobriu-se que Bone "cometeu muitos atos variados de intimidação e um ato de má conduta sexual" contra um membro da equipe em 2012 e 2013. Ele “menosprezou verbalmente, ridicularizou, abusou e humilhou” o funcionário e “bateu fisicamente e jogou coisas repetidamente” nele. Ele teria ainda se exposto indecentemente ao queixoso no banheiro de um quarto de hotel na Espanha.
Ele também impôs um “ritual indesejado e humilhante” ao homem, obrigando-o a sentar-se com as mãos no colo quando o deputado estava insatisfeito com o seu trabalho, concluiu a investigação.
A mudança provavelmente levará a uma eleição suplementar em seu distrito eleitoral de Wellingborough. O deputado nega as acusações.
O Partido Conservador já descredenciou o deputado, o que significa que ele não poderá concorrer à reeleição como candidato conservador e atualmente é independente.
O homem de 70 anos atua na política conservadora desde 1970, mas só chegou à Câmara dos Comuns em 2005. Apoiador proeminente do Brexit, ele era conhecido por referências jocosas no Parlamento à sua esposa Jenny - o casal se separou em 2016 e ele está supostamente em um novo relacionamento
O ex-assistente de Bone disse à BBC que as experiências com o parlamentar o levaram a ser diagnosticado com transtorno de estresse pós-traumático. O ex-funcionário disse que o “abuso físico, emocional e psicológico” de Bone o deixou “uma casca quebrada do jovem que eu já fui”.
Extra o Globo
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