Israel diz que Jihad Islâmica é a responsável por explosão em hospital de Gaza

https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/10/hospital2.jpeg?w=828

"A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital", diz o comunicado israelense.

O porta-voz da Jihad Islâmica nega que sejam os responsáveis pela explosão que atingiu o hospital. A Jihad Islâmica é um grupo terrorista fundado na década de 1980, no Egito, por universitários de Gaza. O grupo tem ligação com o Hamas. 

Explosão

Fotos do Hospital al-Ahli mostraram fogo consumindo os corredores do hospital, vidros quebrados e partes de corpos espalhadas pela área. De acordo com o ministério, centenas de pessoas ainda estão sob os escombros. Vários hospitais na Cidade de Gaza tornaram-se refúgios para centenas de pessoas, na esperança de serem poupadas aos bombardeamentos depois de Israel ter ordenado que todos os residentes da cidade e áreas circundantes evacuassem para o sul da Faixa de Gaza.

O gabinete de comunicações das autoridades do Hamas denunciou um "crime de guerra". "O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, bem como pessoas deslocadas à força", disse o comunicado. O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, rival do Hamas, declarou três dias de luto após o bombardeio.

Cerca de 3 mil pessoas morreram nos bombardeamentos israelenses na Faixa de Gaza em retaliação aos atentados terroristas de 7 de outubro, quando centenas de terroristas que mataram cerca de 1 400 pessoas e sequestraram perto de 200.

Crise humanitária

O ataque ao hospital ocorre na véspera da visita do presidente Joe Biden a Israel e em meio à piora da situação humanitária em Gaza. Submetida a um cerco por Israel desde os atentados do Hamas, a população de Gaza tem poucas reservas de água, comida e combustível. Milhares de pessoas tentam fugir do norte do enclave, alvo de uma possível invasão israelense, em direção ao sul, na fronteira com o Egito.

Os prejuízos para a população civil são cada vez maiores. Na manhã desta terça-feira, equipes de resgate lutavam para libertar cerca de 1,2 mil pessoas presas sob os escombros. Em alguns mercados da cidade de Gaza, já era possível testemunhar brigas por causa de pães. No total, segundo autoridades do Hamas na Faixa de Gaza, pelo menos 2.800 pessoas foram mortas e outras 10 mil ficaram feridas nos ataques israelenses.

Com o aprofundamento da crise humanitária, aumentou a pressão para fornecer imediatamente segurança e ajuda aos dois milhões de residentes de Gaza. No entanto, os esforços diplomáticos liderados pelos EUA produziram até agora poucos resultados. Dias de esforços para fazer passar a ajuda através da fronteira do Egipto com Gaza não deram frutos.

Correio

Postar um comentário

0 Comentários