O desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), fez declarações polêmicas durante um julgamento, na quarta-feira (01/11). Ele sugeriu a extinção.m da instituição, gerando uma onda de revolta.
Durante a sessão, o desembargador afirma que “para mim, tem que acabar com a Polícia Militar de Goiás e instituir uma forma diferente na área da investigação e da repressão a crimes”.
Comandante-geral da PMBA e presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares (CNCG-PM), Paulo Coutinho, divulgou em seu Instagram uma nota do colegiado que reúne todos os comandantes de Polícias Militares em exercício. O comunicado repudia veementemente “o reprovável comportamento do Sr. Adriano Roberto Linhares Camargo, desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás – TJGO, o qual, na data de ontem, durante a realização de audiência daquela prestigiosa Corte de Justiça, afirmou que: “… tem que acabar a Polícia Militar…”. Tal afirmação, sobretudo pela elevada condição ocupada pelo seu autor, não obstante reflita exclusivamente o seu posionamento pessoal, revela total distanciamento da realidade fática existente no país”.
“As Polícias Militares, presentes em todo o terrítorio nacional, conforme preceitua a Constituição Federal, são organizações essenciais ao funcionamento das instituições e garantidoras, por via de consequência, do Estado Democratico de Direito, desempenhando, por vezes, várias outras atribuições não adstritas à sua missão constituional que, direta ou indiretamente, colaboram para minimizar conflitos e gerar a sensação de segurança que a sociedade almeja”, diz a instituição.
“Neste azo, o CNCG-PM, na certeza de que a infeliz atitude ora retratada não condiz com o sentimento reinante no âmbito da magistratura pátria, o que é corroborado pela imediata manisfestação do Poder Judiciário goiano, representado pelo presidente da Corte, reconhecendo o elevado conceito e os serviços prestados pela Polícia Militar, reafirma o compromisso das corporações com a defesa intransigente da ética e decoro entre os seus integrantes, não coadunando com condutas que atentem contra a hierarquia e a disciplina militares”, finaliza o documento.
Informe Baiano
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