Em meio à baixa de mulheres no governo Lula (PT), a primeira-dama Janja da SIlva comentou sobre as demissões do público feminino nos cargos de alto escalão promovida pelo presidente Lula (PT). A socióloga afirmou que a queda “faz parte” da política, mas endossou a cobrança por mais mulheres na gestão petista.
"É necessário discutir a participação feminina no Congresso. O Brasil está em penúltimo lugar na América Latina e no Caribe em número de mulheres no Parlamento. Isso é vergonhoso. Precisamos ter 50% de cadeiras. A cota de 30% (de candidaturas) não está adiantando. As agressões que as mulheres sofrem, nas redes sociais e pessoalmente, têm feito muitas desistirem de seguir na política", disse Janja, em entrevista ao Jornal O Globo.
Janja ainda afirmou que tem dito "debates fortes" com o mandatário para defender a maior participação feminina no governo. "Passamos os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais assim... fortes. Mas é isso. Tivemos perdas (de mulheres) no governo. Faz parte", pontuou, em referência às demissões das ministras do Turismo e Esporte, Daniela Carneiro e Ana Moser, e da presidente da Caixa Econômica, Rita Serrano.
Durante onze meses do terceiro mandato, Lula promoveu a demissão de três mulheres do alto escalão para substituir por homens. Com a saída de Daniela Carneiro do Turismo, por exemplo, se consagrou para o cargo o deputado federal licenciado Celso Sabino; já no Esporte, o chefe do Executivo acomodou André Fufuca (PP-MA), com o objetivo de conseguir apoio do Centrão no Congresso.
Em outubro, houve mais uma baixa, desta vez, da presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano. Serrano deixou o cargo após as investidas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para indicar um nome para a instituição.
Na última sexta, Lula nomeou o economista Carlos Antônio Vieira para ocupar oficialmente a vaga, após indicação de Lira.
A Tarde
0 Comentários