O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, tratou de minimizar os recentes episódios de invasão de propriedades privadas protagonizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (12), o responsável pela interlocução do governo Lula com o MST disse que vê as invasões como instrumento “legítimo de pressão”. No entanto, Teixeira classificou esta prática como desnecessária pelo “canal direto aberto” com a atual gestão.
“Eu acho que é papel do movimento social fazer pressão, reivindicar. Essas reivindicações nos ajudam a lembrar dos temas mais importantes. Os momentos mais tensos na relação com o MST foram os meses de março e abril (quando ocorreram o maior número de ocupações). Mas, de lá para cá, foram momentos em que não houve um transbordamento. Eles fizeram uma pressão legítima e tiveram uma resposta do governo”, disse o ministro.
Ao ser questionado sobre como o governo federal vem se movimentando para que o MST não promova novas invasões, Teixeira disse que a sua gestão vem abordando integrantes do movimento para mostrar o grupo tem “um canal” para que suas demandas sejam expressas.
“Toda a nossa abordagem foi dizer: ‘Olha, as reivindicações de vocês têm um canal para serem expressas’. Isso requer negociação. Não precisa de outro modo de pressão, como ocupações de terra, para que eles possam atingir os objetivos”, afirmou.
BNEWS
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