"O policial me bateu sem saber o que aconteceu", diz mulher que alega ter sido agredida por um PM em Tanquinho

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O casal Flávia Liliane de Jesus Sena e Henrique Ferreira Souza Barros procurou o Conectado News alegando que foram vítimas de violência por militares da 67ª CIPM em um pagode de mesa realizado no domingo (19) em Tanquinho, município localizado a 40 km de Feira de Santana. O casal prestou Boletim de Ocorrência e fizeram exame de corpo de delito, inclusive Flávia ainda possui vários hematomas espalhados pelo corpo que podem ser vistos nas fotos. 

"Estávamos em um pagode de mesa com minha família e uma amiga de minha irmã, quando meu namorado observou que um homem de nome Miller Santos a todo momento nos observava e apontava, em um primeiro momento deixamos quieto, mas, continuou. Meu marido foi saber dele o que estava acontecendo, quando ele simplesmente deu um soco em meu marido que foi ao chão, ao ver tudo, fui tentar resolver,  pedi para parar, mas recebi um soco, caí no chão, ao cair, vieram os seguranças, não procuraram saber, me puxaram, mandei me soltar, porque não estava fazendo nada, mas o segurança me tirou do local puxando pelos meus cabelos, me arrastando pela rua e ralou o meu joelho, em seguida veio outra pessoa de prenome Alana, que puxou meu cabelo e me bateu".

Os agressores

"Miller Santos todos conhecem, mora na Barroquinha, é casada com Elisângela, Alana, filha de Analu, quanto aos seguranças, os organizadores da festa não querem dar o nome, o policial não conheço, mas pela fisionomia as pessoas disseram saber o nome. Não entendi porque a Alana veio me bater, quando ela me agrediu,  virei  e vi uma garrafa no chão, joguei nela porque eu não ficaria apanhando de graça, em seguida o policial chegou batendo sem saber o que realmente aconteceu, o policial que me bateu, quando virei, já estava com cassetete me batendo, meu namorado que estava de costas discutindo com Mile, viu, veio por trás, me abraçou e pediu para que ele parasse, que não precisava daquilo por ser uma mulher, mas o policial não parou. Depois de um tempo, apareceram alguns amigos dele que também pediram que parassem, nesse momento, a polícia foi embora".

Henrique relata que também foi agredido pela polícia

"Quando fui proteger minha esposa para que o policial não batesse com o cassetete, o militar chegou por trás e continuou batendo em minhas costas".

Providências 

"Registramos o Boletim de Ocorrência, fizemos o corpo de delito e agora queremos justiça, porque até agora não entendemos porque fizeram isso, porque os agressores saíram sem nenhum arranhão e nós que não fizemos nada, só perguntamos, fomos agredidos pela Polícia, me espancaram, estou roxa, cheia de hematomas, sem poder trabalhar por conta disso, os ferimentos foram provocados pelo policial, com exceção do arranhão no joelho causado pelo segurança que me arrastou pela rua".

Segundo Flávia, imagens não foram divulgadas, devido ao medo de represálias.

"No dia do acontecimento, disseram que postariam os vídeos no grupo da cidade, mas ficamos sabendo que estão com medo por envolver um policial". 

Pedido por Justiça

Quero justiça, porque bater na minha esposa sem ela ter feito nada de errado.  Pensamos que por ser um pagode de mesa, não teria confusão, vamos nos divertir, sendo também que o local era bastante apertado, soubemos que não tinha alvará para acontecer, fizeram a festa fechando a entrada da rua. 

Todos na cidade sabem que não somos de confusão, quando o policial chegou, passaram a informação contrária, que ela gosta de brigar e eu era bagunceiro, não somos nada disso. As pessoas estão surpresas, nos incentivam a procurar nossos direitos e não deixar impune. 

Procuraram a Corregedoria da PM?

Ainda não, porque fomos informados na delegacia que a queixa vai diretamente para a Corregedoria da PM e lá eles cuidam do caso. O advogado já está intermediando para irmos a  Corregedoria prestar depoimento.

Em resposta ao Conectado News, o Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) disse que não foi comunicado  a respeito do ocorrido.  

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão Conectado News

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