Três policiais militares foram condenados a 54 anos de prisão e à perda de seus cargos pela morte de seis pessoas, em abril de 2009, no Morro da Coroa, no Catumbi, na Região Central do Rio. Segundo o Ministério Público do Rio, os agentes agiram com “violência desnecessária, sem que tivesse sido comprovado que os mesmos teriam sofrido ataque durante a incursão”.
À época, a Polícia Militar registrou os casos como homicídios provenientes de auto de resistência. A tese foi contraposta pelo MP.
“A conduta altamente reprovável de quem não se deveria esperá-la causou forte indignação na comunidade, uma vez que também atingiu vítimas sem qualquer envolvimento com a criminalidade — o que acabou por provocar, por parte dos réus e/ou de seus colegas de corporação, atitudes de intimidação contra familiares de vítimas e contra moradores que poderiam servir como testemunhas, a ponto de forçar o abandono por estas de suas moradias, bem como exigir a intermediação de agentes públicos, comprometidos com os direitos humanos, em especial dos menos favorecidos”, destacou um dos trechos da sentença.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 2 de abril 2009. Josenildo Estanislau dos Santos, de 42 anos, um dos mortos, era lanterneiro. Ele e outros cinco homens foram mortos por policiais do 1º BPM (Estácio). Desde então, a Polícia Militar afirmou que os mortos eram criminosos que morreram em um confronto legítimo com os agentes. Já parentes e amigos sustentaram a versão de que Josenildo fora executado a sangue-frio pelos policiais.
As vítimas chegaram a ser levados ao Hospital municipal Souza Aguiar, mas chegaram à unidade já sem vida. A ação que matou os seis homens era uma operação conjunta contra o tráfico de drogas, realizada por agentes do 1º BPM (Estácio) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Fonte:O Globo
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