El Patron: Uma semana após operação, Assembleia não recebeu representação contra Binho Galinha

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Passada uma semana da operação da Polícia Federal contra o deputado estadual Binho Galinha (Patriota), apontado como líder de uma organização criminosa envolvida com agiotagem e lavagem de dinheiro, nenhuma representação chegou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

Considerado perigoso pelos pares, a reclamação de quebra de decoro já não era esperava que viesse de algum deputado. Mas foi além: a Casa não recebeu nenhum comunicado oficial da Ministério Público da Bahia (MP-BA) ou mesmo do Poder Judiciário.

Apesar da aparente apatia, o presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD) deve instalar na próxima semana o Conselho de Ética. A composição será proporcional, logo, o governo Jerônimo Rodrigues (PT), apoiado por Binho Galinha, terá maioria.

El Patrón — Deflagrada no dia 7 deste mês, a operação teve objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais de atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. Os suspeitos teriam envolvimento também com milicianos.

Segundo os investigadores, o grupo atuaria em Feira de Santana e outras cidades vizinhas, na Bahia. Dez mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1º Vara Criminal de Feira de Santana, que determinou também o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos suspeitos e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais.

“O chefe da organização atualmente é detentor de foro por prerrogativa de função e, com isso, faz-se necessário esclarecer que, desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele”, informou em nota a PF.

Alexandre Galvão

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