O ex-deputado estadual Marcelo Nilo (Republicanos) obteve 17 assinaturas de parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa e será inscrito como candidato ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) pelo líder da bancada, Alan Sanches (União). O número mínimo de apoios formalizados para um postulante entrar na disputa é de 13.
O apoio a Nilo foi formalizado no início da tarde desta terça-feira (12), após uma reunião da bancada de oposição. Só não assinaram a lista a lista em favor do ex-presidente da Assembleia os deputados Robinho (União), Marcinho Oliveira (União) e Diego Castro (PL) – os três não participaram da reunião pois estavam ausentes da Assembleia.
“Marcelo Nilo foi o único nome do nosso grupo político que pediu para se inscrever e concorrer ao TCM. Todos os 20 deputados da oposição irão assinar em apoio a ele e, quando as inscrições abrirem, vamos protocolar. Mais uma vez o prefeito Bruno Reis (União) e o ex-prefeito ACM Neto (União), com quem conversei e os dois pediram o apoio ao ex-deputado, cumprem o compromisso firmado com Marcelo”, declarou Alan.
Em fevereiro deste ano, Marcelo Nilo abriu mão de ser candidato ao TCM para apoiar o ex-deputado Tom Araújo (União), numa articulação que envolveu Bruno Reis e ACM Neto. Com isso, ele não concorreu contra a ex-primeira-dama Aline Peixoto, que foi escolhida para o tribunal com o respaldo dos governistas.
Na época, o ex-presidente da Assembleia obteve o compromisso das principais lideranças da oposição no Estado de que teria o apoio para concorrer à vaga do conselheiro Fernando Vita, que se aposenta no próximo dia 21. As inscrições para o TCM devem ser abertas em fevereiro do próximo ano, após o recesso parlamentar. A eleição deve ocorrer no mesmo mês ou até março. O voto é secreto e o quórum é de 63 parlamentares.
A tarefa não é fácil para Marcelo Nilo. Para vencer a disputa, ele precisa ter no mínimo 32 votos, ou seja, conquistar apoios na base governista. Ele aposta na relação pessoal com os parlamentares e também na divisão dos aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Na bancada governista, há por enquanto quatro nomes: Paulo Rangel (PT), Fabrício Falcão (PCdoB), Roberto Carlos (PV) e Rogério Andrade (MDB). Mesmo com as prováveis abdicações, esse processo de definição entre os aliados do governador pode deixar mágoas e suscitar traições.
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