Em uma reunião ocorrida na quarta-feira (20), o PCdoB apelou ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) pelo apoio à indicação do deputado estadual Fabrício Falcão, filiado ao partido, na briga pela cadeira que era do conselheiro Fernando Vita no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Como revelou mais cedo o site, Vita foi aposentado compulsoriamente nesta quinta-feira (21) pela Corte, deflagrando oficialmente a disputa para a escolha do sucessor, a cargo da Assembleia Legislativa.
Com o presidente do PCdoB baiano, Geraldo Galindo, em viagem, quem participou da reunião com Jerônimo foi o ex-comandante da sigla na Bahia, Davidson Magalhães, que é secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, e a atual vice-presidente da legenda no Estado, Daniele Costa. Este Política Livre apurou que a reunião teve alguns momentos de cobrança por parte dos comunistas. Jerônimo prometeu analisar o pleito do partido.
“Achamos justo o nosso pleito. O PCdoB é o único partido aliado que está ao lado desse projeto liderado pelo PT desde a primeira eleição do hoje senador Jaques Wagner para o Executivo, e nunca indicamos ninguém para os tribunais de contas, seja o TCM ou o TCE. O PT, por sua vez, já emplacou cinco indicações, com o nosso apoio”, disse Davidson ao site.
Ele se referiu às indicações, para o TCE, dos ex-deputados Zilton Rocha e Zezéu Ribeiro, e, para o TCM, do ex-deputado federal Nelson Pelegrino, do auditor Ronaldo Sant’Anna e da ex-primeira-dama Aline Peixoto, os dois últimos nomeados por Jerônimo. Fabrício Falcão, inclusive, abdicou da candidatura no início deste ano para apoiar Aline, indicada pelo esposo dela, o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), com o apoio do governador.
“Não fizemos a disputa no primeiro semestre respeitando a liderança de Jerônimo. Esperamos também ter esse apoio. Achamos que o governador deve resolver isso, até para evitar problemas na base às vésperas de um ano eleitoral. O que não pode prevalecer são os interesses individuais. É preciso que o interesse coletivo da base aliada seja analisado pelo governador, que, em nossa opinião, deveria decidir logo. Mesmo a vaga sendo da Assembleia, sempre a prerrogativa da escolha foi do governador”, argumentou Davidson.
Ele contou que o governador não estabeleceu, na reunião, um prazo para decidir sobre a questão. Mais cedo, durante uma inauguração no município de Teolândia, Jerônimo disse, ao ser questionado pela imprensa, que ainda não há consenso em torno de uma candidatura única da base aliada.
Dentre os deputados aliados do governador, também pleiteiam a indicação para o TCM Roberto Carlos (PV), Rogério Andrade (MDB) e o favorito Paulo Rangel (PT). A oposição vai inscrever o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), que se coloca como candidato de toda a Assembleia, e não apenas do bloco da minoria. Uma das apostas de Nilo é justamente no racha da base governista em meio à disputa.
Política Livre
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