Uma pessoa foi presa e duas estão foragidas em operação da PF na Bahia

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De acordo com a Polícia Federal (PF), uma pessoa foi presa e duas estão foragidas na operação que cumpre oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e um mandado por condenação definitiva, nesta terça-feira (12), nos municípios de Salvador, Camaçari e Dias D´Ávila.

A operação, denominada Zenon, conta com participação de 40 policiais federais e tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que fraudava benefícios de aposentadoria por invalidez na região metropolitana de Salvador. Até o momento, segundo a PF, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos.

Com o trabalho conjunto realizado pela PF com o Núcleo de Inteligência Previdenciária do Ministério da Previdência Social foi possível evitar um prejuízo de R$ 76 milhões (considerando os valores retroativos que seriam pagos e os que seriam disponibilizados mensalmente, de forma vitalícia, a cada beneficiário ao longo da vida), que seriam pagos em benefícios fraudulentos. As investigações da operação se iniciaram há cerca de três meses, quando diversos benefícios previdenciários foram concedidos fraudulentamente mediante a inserção dedados falsos nos sistemas do INSS.

Apesar da implementação dos benefícios fraudulentos, o setor de monitoramento do INSS conseguiu bloquear os pagamentos a tempo, não tendo havido saque das aposentadorias por invalidez. Todavia, mesmo após os bloqueios, os fraudadores entraram nos sistemas do INSS para solicitar o desbloqueio desses pagamentos (a maioria deles gerariam pagamento de valores retroativos que pagariam cerca de R$ 70 mil cada um).

O nome da operação faz referência ao codinome utilizado por um dos fraudadores perante os demais participantes do grupo. Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal), Inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP), estelionato previdenciário, modalidade tentada (art. 171, §3º do CPB), dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.

Correio 24 horas

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