Bastante assediado por lideranças e populares no início da Lavagem do Bonfim, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) voltou a criticar o governador do Estado por conta do atraso no início das obras da ponte Salvador-Itaparica. Ele também negou que vá assumir um papel de coordenação na campanha à reeleição do prefeito Bruno Reis (União).
“O coordenador da campanha de Bruno é Bruno. Ele tem que ter a liberdade para construir a mais ampla aliança que for possível em torno da sua futura candidatura, sem qualquer restrição ou filtro. A cidade ampla, multicultural, tem que conversar com todas as correntes e isso vai ter todo meu respaldo. Ele tem que costurar alianças políticas ao lado dele”, disse ACM Neto.
Um dos prováveis aliados de Bruno Reis será o ex-ministro da Cidadania, João Roma, presidente do PL no Estado e que é desafeto do ex-prefeito. Roma, por sinal, participa da Lavagem do Bonfim e voltou a sinalizar pelo apoio à reeleição do chefe do Executivo municipal (clique aqui para ler).
Questionado sobre quanto o prefeito anuncia oficialmente que é pré-candidato à reeleição, ACM Neto afirmou que não interessa ao grupo político liderado pelos dois antecipar essa disputa.
“É natural que quando começa o ano, já se fale em eleição. E todo ano, no Bonfim, mesmo quando não é de eleição, existe essa coisa de termômetro político. Eu acho que de maneira bem precoce o jogo está mais ou menos desenhado de como vai acontecer. Os nomes na disputa já estão colocados, postos. Mas tem uma diferença: Bruno hoje é o prefeito da cidade, então hoje ele tem a obrigação, a responsabilidade, de governar, de cuidar de Salvador. Não tem porque a gente antecipar esse processo eleitoral”, ponderou.
“Bruno tem que ser prefeito e administrar a cidade. Na hora certa vamos tratar de eleição. Só a partir de julho tem as convenções. Até lá, Bruno está focado em ser um grande prefeito, como vem sendo. Na hora certa ele, que será nosso candidato a reeleição, fará esse debate eleitoral”, complementou ACM Neto.
Ao ser lembrado de que o governador se recusou a comentar as críticas feitas pelo ex-prefeito sobre mais um atraso no início das obras da ponte Salvador-Itaparica (clique aqui para ler), ACM Neto afirmou que Jerônimo “devia ter respeito com os baianos e baianas e evitar” tratar do assunto.
“Olha que absurdo. Essa promessa que era para ter sido entregue em 2013. Passou pelos governos de Jaques Wagner (PT), Rui Costa (PT) e agora Jerônimo e não tem uma estaca colocada. Virou piada nacional e internacional. O governador deveria ter o cuidado com os baianos de impedir que a Bahia virasse piada e, ao invés de falar, deveria trabalhar. Se eu fosse o governador do Estado, não teria coragem de falar de ponte antes que a obra tivesse início, ao invés de ficar há tantos anos enganando e iludindo baianos”, concluiu.
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