Acusado de ameaçar os pais, empresário é solto, mas usará tornozeleira eletrônica

Acusado de ameaçar os pais, empresário é solto, mas usará tornozeleira eletrônica

Acusado de maus-tratos, agressões verbais e ameaças de morte contra os pais idosos, o empresário Fábio Luis Ceuta de Lacerda, conhecido como ‘Fábio Pipa’, proprietário da barraca Pipa Beach Club, na Praia do Flamengo, em Salvador, foi solto após passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (22/2). O empresário, porém, precisará usar tornozeleira eletrônica.

Em novembro do ano passado, após uma série de ameaças contra os pais, inclusive de morte, a Polícia Civil solicitou medida protetiva para as vítimas, concedida pela Justiça em janeiro deste ano. Na terça-feira (20), porém, o empresário infringiu a decisão e, após denúncia, foi preso em flagrante.

Em entrevista coletiva concedida à imprensa, o advogado de Fábio, Paulo Kleber Filho, negou as acusações e alegou que a prisão do suspeito é ilegal, já que não houve desobediência de medida cautelar. “A condução é ilegal”, diz o defensor.

“Existe uma medida cautelar, que não é uma medida protetiva, que ela, ‘cauterlamente’, disse: ‘Fábio, é melhor você se afastar de seus pais e seus pais se afastarem de você. É um afastamento recíproco. Por quê? Porque eles tinham muitas discussões em relação às empresas. Fábio administra as empresas [da família]”, comenta ele, que completou: “Fábio, por ter um temperamento um pouco mais esquentado, simplesmente disse: ‘Vou me afastar’. Se afastou de uma das empresas e ficou à frente de outra”.

Segundo a titular da 14ª DT/Barra, delegada Mariana Ouais, Fábio já tem um histórico de maus-tratos contra os pais. “Existem ocorrências de ameaças registradas desde 2014, em que ele respondeu em liberdade. Entretanto, atualmente, os pais encontram-se ainda mais vulneráveis, o que torna indispensável esse flagrante, bem como a própria manutenção da prisão”, detalhou.

O advogado, porém, afirma que Fábio nunca agrediu os pais: “Nunca houve agressão. O que aconteceu foi: divergências de gestão”.

Segundo informações da Polícia Civil, ele foi preso e encaminhado para a 14ª Delegacia Territorial (DT/Barra), na terça-feira (20). Contudo, ele foi transferido, em seguida, para Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, onde aguarda os trâmites jurídicos.

Além dos crimes citados, Fábio também deve responder pelo descumprimento de medida protetiva

Aratu On

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