Polícia recebe denúncia de retaliação do PCC a operação na Baixada

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 As polícias Civil e Militar do litoral paulista receberam uma denúncia anônima apontando que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam organizando uma retaliação à nova fase da Operação Escudo, deflagrada no último dia 26/1 após a morte de um policial militar.

Segundo a denúncia, feita na noite de quarta-feira (31/1) e obtida pelo Metrópoles, três integrantes da facção estariam se reunindo para planejar ataques às forças de segurança na região. Entre os alvos estaria um policial que teria ferido um membro da facção criminosa numa suposta troca de tiros.

A denúncia indica que um dos suspeitos, cujo nome no crime seria “Diamante”, estaria circulando pelos bairros Vicente de Carvalho, Jardim Progresso e Santa Rosa, no Guarujá, acompanhado de um “irmão de facção”, identificado como Enzo, em busca do PM.

Ambos fazem parte, respectivamente, das sintonias Final e Geral do PCC na Baixada Santista, responsável pelas “ordens de ataques” e por coordenar as ações definidas pela cúpula da facção fora dos presídios.

 Outro suspeito de envolvimento no plano de retaliação à ação policial, segundo a denúncia, é conhecido como ‘Boyzinho da praia”. Policiais do litoral afirmaram à reportagem, em sigilo, que já estavam de prontidão, antes mesmo da formalização da denúncia na 2ª Companhia do 21º Batalhão da PM e no 2º DP do Guarujá.

Operação Escudo

A mais recente fase da Operação Escudo foi desencadeada após a morte do policial militar Marcelo Augusto da Silva. Ele foi baleado na cabeça, em uma tentativa de roubo, quando o PM voltava de moto para casa, em 26 de janeiro, no km 63 da Rodovia dos Imigrantes, sentido capital. Ele atuava na Operação Verão.

Na noite dessa quinta-feira (1º/2), a Polícia Civil do litoral prendeu dois suspeitos pelo crime.

Segundo a Delegacia Seccional de Santos, os dois presos, ambos de 19 anos, também estariam envolvidos em uma ocorrência contra um guarda civil metropolitano em 24/1.

Reprodução de postagens de policiais militares em redes sociais - metrópoles

Desde o ano passado, foram sete Operações Escudo na Baixada Santista. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a instauração delas é procedimento padrão após a morte de policiais.

Em 2023, ao menos 28 pessoas foram mortas por policiais militares, em cerca de um mês de uma das operações escudo, deflagrada por causa do assassinato do soldado Patrick Reis, quando ele fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá.

Como revelado pelo Metrópoles, ele foi o primeiro policial das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, a ser assassinado em serviço desde novembro de 1999.

PM morto com tiro no olho

Na noite dessa sexta-feira (2/2), em meio a ameaças de retaliação do PCC, o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, morreu após ser atingido com um tiro no olho. A informação foi confirmada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas redes sociais.

Como mostrou o Metrópoles, ele foi atingido enquanto fazia patrulhamento da Operação Escudo em Santos, após a morte do PM Marcelo Augusto da Silva. A exemplo do que aconteceu na primeira fase da operação, em julho do ano passado, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que foi a Santos para “localizar os criminosos que covardemente balearam o Sd Cosmo”.

Metrópoles

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