O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento do político foi apreendido durante a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga suposta tentativa de golpe de Estado na antiga gestão. As informações são do G1.
A defesa de Bolsonaro pediu ao STF a devolução do documento. Os advogados querem autorização para que Bolsonaro realize visita a Israel, entre os dias 12 e 18 de maio.
Segundo a defesa, Jair Bolsonaro teria sido convidado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar o país.
Não é a primeira vez que a defesa do ex-chefe do Executivo pede a devolução do documento para sair do país. Em fevereiro, Bolsonaro solicitou o passaporte para participar de um evento conservador nos Estados Unidos.
Fabio Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro, criticou o suposto vazamento da decisão de Moraes. “Para não quebrar o ritual, o mesmo veículo de sempre diz ter uma decisão antes da defesa técnica”, escreveu na rede social X, antigo Twitter. Confira a publicação completa:
Operação da PF
A Operação Tempus Veritatis tem como objetivo investigar uma organização criminosa que, segundo a PF, atuou com o intuito de realizar golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para manutenção de Jair Bolsonaro na Presidência.
Foram cumpridos, ao todo, 33 mandados de buscas e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. As medidas foram autorizadas por Alexandre de Moraes e cumpridas nas seguintes unidades federativas: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
Jair Bolsonaro, um dos alvos, teve o seu passaporte apreendido e está proibido de manter contato com outros investigados, como Braga Netto, Valdemar Costa Neto e Anderson Torres.
Metrópoles
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